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“A nível do balanço, a parte mais importante é o bom serviço que prestamos aos nossos clientes” - Amyn Habib, administrador do Grupo Centrooptico

Sebastião Garricha
24/5/2024
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Cedida pela fonte

Criado em 2014, o Grupo Centrooptico celebra 10 anos de existência. A propósito da data, Amyn Habib, em entrevista à E&M, faz balanço do percurso e revela números sobre volume de negócios.

Qual é o balanço que faz dos 10 anos de existência do Grupo Centrooptico?

O balanço é muito positivo, porque foram 10 anos de crescimento contínuo, tendo mesmo havido alturas mais difíceis na economia angolana, de 2014 até 2024, ou fases boas e menos boas da economia. Um momento onde havia a divulgação da moeda ou que não se conseguia transferir pagamento aos fornecedores, ou que havia outras dificuldades, como a Covid-19, que ninguém previa. Mas em todos os anos o Grupo Centrooptico cresceu sempre, quer em volume, quer em colaboradores, quer em número de lojas, quer no serviço, quer em número de consultas.

Neste 10 anos, o que mais satisfez o Grupo que dirige?

Ainda a nível do balanço, a parte mais importante é aquilo que nós achamos que faz a diferença, o bom serviço que prestamos aos nossos clientes, sermos realmente democratizadores do acesso aos cuidados da visão. As pessoas não tinham acesso aos cuidados da visão de uma forma fácil. Estamos a falar de muitas pessoas, desde o mercado privado que comercializava a preços muito altos e com um serviço muito baixo, muito mau, ou as próprias entidades públicas que estavam numa fase de desenvolvimento e crescimento, e que também não tinham capacidade, que é natural, porque isso acontece em grande parte do mundo. Por isso, é importante que apareçam parceiros, que apareçam empresas privadas, que criem emprego, desenvolvam, mas a preços justos e próximos das pessoas. 

Nalgum momento da economia nacional o Grupo Centrooptico viu-se obrigado a reduzir ou inflacionar os preços dos serviços que oferece?

Não, desde o primeiro dia tivemos como política manter preços competitivos e essencialmente justos. Isso tem sido a nossa política desde o princípio, esse é um dos pilares do nosso crescimento, naturalmente o principal são as pessoas, de longe. Mas esta é uma das estratégias que temos, a excelência do serviço. Temos bom produto, não temos aquele produto que é enviado para Angola, aquele que não se venda no resto do mundo e manda-se para aqui o lixo. Somos uma empresa que não está em Portugal, não estamos noutros países, estamos somente em Angola e somos angolanos. Portanto, queremos estar a fazer um bom trabalho para os angolanos.

Portanto, apesar do crescimento, continua a primar pela política de preços acessíveis?

Nós temos bom produto, bom preço e bom serviço. Conforme fomos crescendo, também fomos tendo mais força junto dos nossos fornecedores e fomos explicando que realmente existem dificuldades no País a nível da transferência ou naquilo que o valor cambial da moeda diz respeito. E, fomos fazendo acordos para que tivéssemos acesso a um preço mais baixo, para irmos praticando cada vez preços melhores, porque também é necessário que as pessoas tenham cada vez mais acesso aos cuidados de divisão. Então, tem o nosso volume cada vez maior, o que permite continuarmos a ter resultados positivos para continuarmos a crescer. 

A tendência de abertura de mais lojas resulta de um feedback ‘positivo’ dos clientes? 

Nós temos crescido muito em número de clientes. Graças a Deus, temos crescido muito. As equipas têm feito muito bom trabalho. Acredito, sinceramente, que este crescimento é muito importante hoje e vai ser muito importante para o futuro, porque conforme estamos com mais lojas, mais próximos das pessoas, quem se torna o nosso cliente por norma diz à outra pessoa que é um bom serviço, que é um bom preço, que vale a pena ir ao Centrooptico e isso faz toda a diferença. Para mim, tem sido primeiro Deus a ajudar. Mas, efetivamente, eu acho que tem sido muito trabalho de equipa. Temos tido uma estratégia boa, tem sido essencialmente democratizar o acesso aos cuidados da visão. 

Falou de Deus e do bom trabalho das equipa. Existem mais segredos?

Desde a primeira loja, uma das nossas estratégias tem sido trabalhar com ética, com rigor, com excelência, com aquilo tudo que qualquer cliente quer. Ser bem tratado, ser servido com produtos originais e  preços justos. Portanto, aquilo que nós necessitamos, efetivamente, e temos feito, é de conseguirmos com que aconteça o que vocês estão a ver hoje que é: temos preços muito acessíveis, muito justos, e isso tem-nos levado a crescer. Nós não estamos aqui para ganhar com valores extremamente elevados, o nosso objectivo é o volume, descermos, estarmos juntos das pessoas e darmos muita formação. Apostar nas pessoas, nos nossos colaboradores e na formação faz toda a diferença. 

O que os 10 anos de existência e as 28 lojas abertas representam em termos de empregabilidade?

Há 10 anos que temos crescido muito. O exemplo é que já vamos extensivamente em 500 colaboradores. 

Quanto ao volume de negócio?

Esse é um factor importante, mas falamos em negócio é mais difícil, sabem que tem muitas alterações nos câmbios, alterações na moeda. Nosso crescimento e nosso investimento já vai muito alto, já deve ter ultrapassado mais de 30 mil milhões de kwanzas. Portanto acredito que no futuro vai ser crescer. Estarmos junto das pessoas, com bom serviço. Se repararem, penso que no ano passado ultrapassamos as 120 ou 140 mil consultas, vejam lá quantas pessoas foram rastreadas, tiveram acesso aos cuidados de visão e a um preço muito baixo.