1
2
  • EURUSD

    ---/--- 
  • GBPUSD

    ---/--- 
  • USDCAD

    ---/--- 
  • USDCHF

    ---/--- 
  • USDJPY

    ---/--- 
  • #C-BRENT

    ---/--- 
  • #C-COFFEE

    ---/--- 
  • XAGUSD

    ---/--- 
  • XAUUSD

    ---/--- 
  • &BRENT/EUR

    ---/--- 
IFC Markets Live Quotes
Powered by
PATROCINADO

África: Diamantes de Angola já ‘brilham’ no 2.º lugar dos maiores produtores, mas há poucos retornos…

Victória Maviluka
7/8/2024
1
2
Foto:
DR

Produção de diamantes gera, entretanto, poucos rendimentos para muitos países do continente, especialmente aqueles onde a insegurança é significativa, refere estudo.

Angola ascendeu ao segundo lugar da lista dos maiores produtores de diamantes no continente africano, reporta o relatório do Processo Kimberley referente ao ano de 2023.

De acordo com a pesquisa, citada pelo marroquino Le360, se o Botswana, segundo maior produtor mundial atrás da Rússia, mantém a sua posição como o principal produtor africano com uma produção de 25,09 milhões de quilates, ou 22,50% da produção mundial, é agora Angola que subiu para o segundo lugar em África com uma produção de 9,75 milhões de quilates.

A produção angolana de ‘pedras preciosas’ no ano passado suplantou a da vizinha República Democrática do Congo (8,3 milhões), África do Sul (5,89 milhões), Zimbabué (4,91 milhões), Namíbia (2,38 milhões), Serra Leoa (525.457 quilates), Lesoto (471.744 quilates), Gana (203.000 quilates) e Tanzânia (191.010 quilates).

Em termos de valor, refere o artigo do portal, o continente não beneficia, entretanto, de parte desta riqueza mineral, dado que a mineração artesanal, a corrupção e a ausência de processamento local significam que os países africanos não controlam as cadeias de valor dos diamantes. 

Como resultado, a produção de diamantes gera poucos rendimentos para muitos países do continente, especialmente aqueles onde a insegurança é significativa.

O caso da República Democrática do Congo, segundo o portal, é ilustrativo. Embora o país seja o terceiro maior produtor de diamantes do continente, a RDC apenas obteve receitas estimadas em 65 milhões de dólares, muito menos que o Lesoto que produziu apenas 471.744 quilates num valor de 138.707 milhões USD.

Africanos dominam ‘ranking’ de produtores

De acordo com dados do Processo Kimberley, uma iniciativa conjunta de governos, indústria e sociedade civil que regula o comércio e a produção de diamantes, 21 países produziram diamantes em bruto em 2023. Estes países, produziram um total de 111,52 milhões de quilates, no valor de 12,72 mil milhões de dólares.

Em termos de produtores de diamantes em bruto, refira-se que 17 são africanos. Em 2023, estes países africanos produziram mais de 58,20 milhões de quilates, ou 52,21% da produção global. 

E em valor, dos 12,72 mil milhões de dólares, os países africanos arrecadaram mais de 7,47 mil milhões de dólares em receitas.

Entre os 10 maiores produtores da ‘pedra preciosa’, oito são africanos. Os únicos grandes produtores não africanos são a Rússia, o principal produtor mundial com uma produção de 37,31 milhões de quilates, e o Canadá (15,98 milhões de quilates), ocupando o 3.º lugar no mundo.

Multinacionais controlam o mercado

A produção de diamantes africana é controlada principalmente por multinacionais, segundo dados do Processo Kimberley citados pelo marroquino Le360. 

A maior empresa do sector no mundo é a sul-africana De Beers, à frente da russa Alrosa e da brasileira Rio Tinto. Esses três players controlam cerca de 65% da produção global de minério. 

No entanto, todos os principais centros de dimensão e especialmente de comércio estão localizados no estrangeiro, nomeadamente em Antuérpia (Bélgica), Tel Aviv (Israel), Mumbai (Índia), Dubai (Emirados Árabes Unidos).