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Angola ‘joga a toalha ao tapete’ e retira-se da mediação do conflito na RDC para priorizar agenda da UA

Victória Maviluka
24/3/2025
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Foto:
DR

Luanda considera bem-vindas “todas as acções de boa vontade” que possam contribuir para a resolução dos diferentes conflitos que perduram no continente africano.

Fim da mediação de Angola no conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC). A decisão consta de um comunicado da Presidência angolana, emitido na manhã desta segunda-feira, 24, que justifica a medida com a necessidade de João Lourenço, enquanto presidente da União Africana, ter de priorizar as agendas de liderança da organização continental.

“Passados quase dois meses de ter assumido a Presidência pro tempore da União Africana, Angola considera a necessidade de se libertar da responsabilidade de medianeiro deste conflito do leste da RDC, para se dedicar de forma mais ampla às prioridades gerais definidas pela organização continental”, lê-se na nota.

O documento observa que, com a Comissão da União Africana, serão dados, nos próximos dias, os passos necessários para se encontrar o país cujo Chefe de Estado, coadjuvado pela SADC, a Comunidade da África do Leste e os facilitadores, deverá assumir a mediação do conflito entre a RDC e o Ruanda.

O comunicado recorda que, desde que a União Africana incumbiu a João Lourenço a responsabilidade de mediar o conflito entre a RDC e o Ruanda, Angola empenhou-se “com toda a seriedade, energia e recursos”, com vista a alcançar-se a paz definitiva no Leste da RDC e normalizar-se as relações entre os dois países vizinhos.

“Ao fim de sucessivas rondas de conversações, ressalta o documento, foram alcançados importantes progressos a nível ministerial em Dezembro de 2024, em que a RDC se comprometia a neutralizar as FDLR e o Ruanda a retirar as suas Forças de Defesa do território congolês, para as linhas de fronteira entre os dois países.

“Sendo essas as principais reivindicações das partes, estavam assim criadas as condições para a Cimeira de 15 de Dezembro passado que teria lugar em Luanda, o que acabou por não acontecer por ausência do Ruanda”, refere a nota.

Realça que Angola “sempre acreditou” na necessidade de, paralelamente, haver, também, negociações directas entre o Governo da RDC e o M23, tendo trabalhado para tal e conseguido o consentimento de ambos para que a primeira ronda tivesse lugar em Luanda, aos 18 de Março do corrente ano, “acção abortada in extremis por um conjunto de factores, entre eles alguns externos e estranhos ao processo” africano que decorria.

“Consideramos bem-vindas todas as acções das Nações Unidas, de outros organismos internacionais e países de boa vontade, que podem contribuir para a resolução dos diferentes conflitos que perduram no nosso continente com vista ao calar das armas e o alcance da paz definitiva, desde que devidamente concertadas com os medianeiros designados, o Conselho de Paz e Segurança e com o Presidente da Comissão da União Africana”, sublinha o documento.

Realce-se que, no dia em que Luanda viu abortadas importantes negociações directas entre o Governo da RDC e o M23, na capital angolana, Félix Tshisekedi e Paul Kagame estiveram em conversações com a mediação do emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani, com Luanda, através do seu ministro das Relações Exteriores, Téte António, a manifestar-se “estupefacto” com o encontro ocorrido em Doha