Angola registou 1.670 casos de exploração de trabalho infantil em 2021, refere o Anuário Estatístico da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, consultado pela revista Economia & Mercado.
O documento, publicado nesta segunda-feira, 15, pelo Instituto Nacional de Estatística, refere que, em relação à protecção dos direitos da criança, foram registados, no período em referência, um total de 7.047 ocorrências presenciais.
Além dos casos de exploração de trabalho infantil, o Instituto Nacional da Criança (INAC) registou, também com relevância, 3.723 casos de fuga paternal, 317 registos de violência física, 313 de violência psicológica, perfazendo 6.023, cerca de 85% do global dos casos.
“As províncias de Benguela 639, Bié 817, Lunda-Sul 874 e Zaire 861 e INAC Central 1.629 registaram as maiores cifras. Pode-se verificar também o maior fluxo de denúncias nos III e IV Trimestres com 30% e 27%, respectivamente”, lê-se no documento.
Em relação a crianças vítimas de violência por casos resolvidos, o Anuário Estatístico da Acção Social, Família e Promoção da Mulher 2021 realça que, das 7.047 denúncias presenciais registadas, foi possível resolver 3.625, representando 51% do total dos casos.
Especifica que as províncias de Benguela, com 506, do Bié (740), Zaire (519) e Luanda (363) resolveram as maiores cifras, na ordem de 30% dos registos, sendo 51% de masculinos e 48% femininos.
Estes registos, observa o documento, referem-se às tipologias de disputa de guarda 173, exploração de trabalho infantil 843, fuga paternal 1.675, violência física 250 e violência psicológica 225.
O Anuário Estatístico da Acção Social, Família e Promoção da Mulher de 2021 foi concebido para promover a pesquisa e a compreensão da informação estatística que reúne múltiplos indicadores da Acção Social e Género, designadamente indicadores de cobertura, de beneficiários e outros.