O mercado dos diamantes naturais regista, nos últimos anos, uma queda considerável, devido à ascensão dos diamantes sintéticos. Atenta a este cenário, a direcção da Endiama está a reforçar o seu plano de aposta noutros segmentos de negócios.
Ganga Júnior, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola, informa que a companhia pretende, ainda no primeiro semestre deste ano, abrir as portas à refinação, com investimento global em 14 milhões de dólares.
“Para evitarmos a monocultura, temos já, neste momento, duas concessões para a fase de produção”, esclareceu o líder da diamantífera de direito público.
Em relação à diversificação e expansão de negócios, Ganga Júnior referiu-se à Endiagro, um projecto criado pela Endiama para contribuir para o desenvolvimento da cadeia de valores do agronegócio na região Leste de Angola.
“É uma empresa que tem dois objectivos: o primeiro objectivo é desenvolver a actividade agropecuária e industrial de forma comercial e lucrativa; para além de fazer dinheiro, o outro objectivo é contribuir para a redução da fome, pobreza, redução das importações. E já começámos”, afirma, em declarações à RNA.
Avançou que o objectivo da Endiama relativamente ao sector do agronegócio é, ainda este ano, começar a produzir arroz, “para disponibilizar o equivalente a 5 milhões de dólares a começar na região do Cuilo, na Lunda-Sul, na zona do Dala; e no Moxico, na região do Léua”.