Os cardeais e bispos católicos da região dos Grandes Lagos apontam o diálogo como ‘ferramenta’ para a resolução do conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC), soube recentemente a E&M.
Reunidos em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia, os clérigos da RDC, Burundi e Ruanda condenaram os massacres perpetrados por insurgentes do M23 (auxiliados pelo exército ruandês, às ordens do presidente Paul Kagame) e apelaram para as multinacionais que deixem de apoiar as facções armadas naquele país africano, rico em minerais estratégico.
"Os grupos armados que semeiam a morte e abundam a nossa sub-região, pedimos que parem de defender as demandas por meio de armas que matam os próprios irmãos e irmãs”, rogaram os clérigos dos Grandes Lagos.
A equipa de bispos instaram os Chefes de Estados da Comunidade da África Oriental (EAC) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a implementar as resoluções da cúpula conjunta em Dar-es-Salaam, centro político-administrativo da Tanzânia.
“Asseguramos-lhes a disponibilidade para oferecer a nossa parte de contribuição para o edifício de paz do qual somos protagonistas pela missão evangélica. Queremos que os nossos países transformem as espadas que matam em bases de arado para o desenvolvimento da sub-região.
Os clérigos da região dos Grandes Lagos reconheceram que a sub-região tornou-se numa área de medo, tendo solicitado aos governos dos três países e à comunidade internacional que se investigue (minuciosamente) as alegações de crimes de guerra e contra a humanidade na RDC.