A carteira de projectos da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo atingiu os 5,6 mil milhões de dólares com a aprovação de 40 projectos em 2023, de acordo com Manuel Francisco Pedro, presidente do Conselho de Administração daquela instituição.
Em entrevista exclusiva à Economia & Mercado, o chairman da ZEE explica que o referido volume de investimentos representa um aumento na ordem dos 500% face aos 600 milhões de dólares alcançados no ano anterior.
“Mas é importante referir que esses montantes vão aparecendo na medida da implementação dos projectos. São projectos de origem, que vão obedecer a um cronograma, desde a concepção até ao arranque das actividades. Isso leva muito tempo. Uns podem levar dois, outros três anos”, explica.
Segundo o ‘alto mandatário’, trata-se de contratos de projectos ligados aos mais diversos sectores da actividade económica, desde a indústria farmacêutica, alimentar (produção de óleo), tecnológica à indústria de medicamentos genéricos, que deverão contribuir para o aumento da taxa de emprego.
“Estamos aqui a perspectivar o incremento de postos de trabalho na ordem dos 24 mil, resultantes dos contratos que acabamos de assinar”, garante Manuel Francisco Pedro.
ZEE vai ‘largar’ 200 milhões de dólares para infraestruturas
A administração da Zona Económica Especial Luanda-Bengo vai desembolsar 200 milhões de dólares para infraestruturar 400 hectares da sua reserva terrestre de Viana.
“Felizmente já estamos a trabalhar nisso, já estamos com metas muito avançadas, vamos começar com infraestruturação de mais 400 hectares, já neste ano. Estamos a falar de um investimento em infraestruturas na ordem dos 200 milhões de dólares, numa fase inicial”, revela o PCA da ZEE.
Segundo Manuel Francisco Pedro, o sector das infraestruturas é um dos principais desafios da Zona Económica Especial Luanda/Bengo.
“Em termos de dimensão, a ZEE tem duas reservas, uma de 4 mil hectares, outra de 2.800 hectares, que é a reserva de Viana, onde apenas 500 têm infraestruturas. Significa que temos muito espaço para infraestruturar e ocupar”, finaliza.