Na semana em que o surto entrou para um mês de instalação, Angola registou o maior volume de contágio diário: 213 casos positivos nas últimas 24 horas, fez saber o Ministério da Saúde (MINSA) no seu habitual boletim sobre a evolução da cólera.
A caminhar para a ‘casa’ dos 2.500 casos, o País aproxima-se, rapidamente, para um quadro em que a doença deve sair do estatuto de surto para epidemia, já que, nesta altura, quase metade das 21 províncias integram o ‘mapa’ da doença.
Em termos de registos por área, a província do Bengo continua a liderar as últimas estatísticas da doença, registando mais 134 casos, o que perfaz um acumulado de 858 casos diagnosticados, contra 1.267 de Luanda.
Foi, aliás, no Bengo, concretamente nos municípios do Dande e Úcua, onde foram registadas as duas mortes que constam do mais recente relatório diário da doença no País.
O surto de cólera já causou a morte de 77 pessoas. Actualmente, 170 pacientes encontram-se internados nas províncias de Luanda, Bengo, Icolo e Bengo, Huambo, Malanje, Zaire, Huíla, Cuanza-Norte e Cunene.
Para conter a propagação da cólera, o Ministério da Saúde procedeu, no início desta semana, em Luanda, ao início da campanha de vacinação contra a doença.
O acto, de acordo com as autoridades sanitárias angolanas, está inserido no plano de resposta ao surto, e abrange acções multidimensionais de prevenção, tratamento imediato e vacinação.
Como outras medidas de prevenção contra o surto, o Ministério da Saúde pede a colaboração de todos os cidadãos para que qualquer caso de diarreia líquida e vómitos seja conduzido imediatamente para um Centro de Tratamento de Cólera ou uma unidade de saúde mais próxima.
Enquanto isso, observa o MINSA, o potencial paciente deve beber muita água fervida ou tratada com cinco gotas de lixívia e consumir soro caseiro feito da seguinte maneira: 1 litro de água fervida ou tratada e adicione duas colheres de sopa de açúcar e uma colher de chá de sal.