A Penttinali, empresa especialista em investigação e mitigação de riscos cibernéticos, ministrou, na terça-feira, 19, em Luanda, um workshop sobre “Segurança e vantagens do uso da Cloud Angolana”, tendo sido lançado, durante a ocasião, um desafio às instituições públicas e privadas nacionais a fazerem o uso da ferramenta, devido as inúmeras vantagens que oferece.

De acordo com o especialista em crimes cibernéticos, Hélio Pereira, que conduziu o workshop, a Cloud made in Angola oferece as mesmas vantagens e níveis de segurança que as produzidas no estrangeiro, sendo que, segundo refere, conta com os mesmos elementos e o mesmo nível de qualidade, para além de permitir a soberania dos dados críticos em território angolano.  

O especialista rebateu no assunto pelo facto de, ainda hoje, vários estudos apontarem que, em Angola, as instituições públicas e privadas preferem utilizar os serviços de Cloud estrangeiras, devido a factores-chave como a segurança, fiabilidade e preços.

Segundo Hélio Pereira, a computação em nuvem revolucionou a forma como os arquivos são armazenados, e um dos seus maiores benefícios é a redução de custos. “Só pagamos o que usamos”, garantiu, tendo aconselhado, por isso, as instituições públicas e privadas a confiarem na Cloud made in Angola, como garante de segurança e fiabilidade.  

Actualmente, o país já conta com empresas que disponibilizam estes serviços. Um exemplo concreto de uma Cloud nacional segura e fiável, segundo Hélio Pereira, é a ITA – Internet Technologies Angola, S.A, uma multinacional que, como refere o especialista, tem o maior e mais fiável Data Center de Angola, com serviços de Cloud que garantem um serviço 100% angolano, com segurança e assistência técnica garantidas.  

Por sua vez, Ricardo Santa Ana, gestor de Cloud da ITA, também defende que as grandes empresas angolanas devem dar oportunidades aos prestadores locais deste serviço, com o fim de comprovar a sua fiabilidade ao longo do tempo.

“Utilizar os serviços de Cloud angolanos permite às empresas nacionais realizar pagamentos em moeda local, aumentando a sua capacidade para canalizar recursos para novos investimentos e para despesas operacionais directamente ligadas ao seu core business”, explica o gestor.  

Representantes da Agência de Protecção de Dados de Angola, também presentes no evento, elogiaram a iniciativa, reforçando ser necessário regular, legislar e registar as empresas, para que o tratamento de dados e protecção de conteúdos locais seja uma realidade em Angola”.