O poder de consumo dos angolanos diminuiu 25% em Fevereiro, segundo dados do aumento generalizado de preços dos bens e serviços a nível nacional. A degradação sofrida pelo consumidor, apesar de significativa, foi a mais baixa desde Março de 2024. A erosão só não foi maior, graças a uma aparente estabilidade do Kwanza, segundo analistas da Trading Economics.

Em uma base mensal, os preços ao consumidor aumentaram 1,59% em Fevereiro, após aumento de 1,67% no mês anterior. Os preços desaceleraram principalmente para alimentos e bebidas não alcoólicas (1,75% vs 1,87% em Janeiro); bebidas alcoólicas e tabaco (1,91% vs 2,02%) e bens e serviços diversos (1,67% vs 1,84%). 

Até ao final do trimestre, a taxa de inflação deve ser de 24,60 %, de acordo com os modelos macro globais da Trading Economics.

“No longo prazo, a taxa de inflação de Angola deve tender a 16% em 2026 e 15 % em 2027, de acordo com nossos modelos econométricos”, apontam as expectativas dos analistas.

A taxa de inflação em Angola teve uma média de 32,15% de 2001 até 2025, atingindo uma alta histórica de 241,08% em Janeiro de 2001 e uma baixa recorde de 6,89% em Junho de 2014.