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Economia mundial deve crescer 2,8% em 2025 - ONU

Sebastião Garricha
10/1/2025
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Foto:
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Consultado pela Agência Lusa, o relatório da Organização das Nações Unidas prevê uma recuperação modesta da União Europeia, do Japão e do Reino Unido.

A economia mundial deverá crescer 2,8% em 2025, depois de resistir ao impacto dos conflitos e da inflação em 2024, de acordo com o mais recente relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Denominado “Situação Económica Mundial e Perspectivas 2025”, o documento prevê um crescimento forte, embora mais lento, para a China e Estados Unidos, e um desempenho robusto na Índia e na Indonésia.

Consultado nesta quinta-feira, 9 de Janeiro, pela Agência Lusa, o relatório prevê uma recuperação modesta da União Europeia, do Japão e do Reino Unido, além de afirmar que a economia dos Estados Unidos, graças às despesas dos consumidores e do sector público, superou as expectativas em 2024, mas que o crescimento deverá abrandar de 2,8% para 1,9% este ano.

A ONU projectou, em Janeiro de 2024, um crescimento económico global de 2,4% para o respectivo ano, valor revisto agora para 2,8%, ainda assim abaixo do crescimento de 3%, meta registada antes do início da pandemia, como escreve a Lusa

“O crescimento europeu este ano deverá acelerar gradualmente, após um desempenho mais fraco do que o esperado em 2024, enquanto o Japão está prestes a recuperar de períodos em que quase entrou em recessão técnica”, perspectivam os especialistas da ONU, esperando que a Índia seja o principal motor económico do sul da Ásia, com um crescimento regional projectado em 5,7% em 2025 e 6% em 2026.

A previsão de crescimento de 6,6% da Índia para 2025 é apoiada pelo sólido aumento do consumo privado e do investimento.

“A redução global da pobreza nos últimos 30 anos foi impulsionada pelo forte desempenho económico. Isto tem sido especialmente verdade na Ásia, onde o rápido crescimento económico e a transformação estrutural permitiram a países como a China, a Índia e a Indonésia alcançar uma redução da pobreza sem precedentes em escala e âmbito”, lê-se.

Quanto à China, o documento prevê que o seu crescimento abrandará ligeiramente, de 4,9% em 2024 para 4,8% em 2025, devido ao menor consumo e à fraqueza do sector imobiliário, não obstante o investimento público e as exportações, o que tem levado o ‘gigante’ asiático a implementar políticas para impulsionar o mercado imobiliário, combater a dívida dos governos locais e aumentar a procura.

“A redução populacional e o aumento das tensões comerciais e tecnológicas da China, se não forem resolvidos, podem prejudicar as perspectivas de crescimento a médio prazo”, lê-se no estudo.