A cotação do Brent, que serve de referência às exportações de Angola, apresentou um desempenho assinalável ao longo dos primeiros três meses do ano, tendo-se situado perto dos 70 USD/barril, o máximo apurado em um ano, como pode ser apurado no gráfico 01.
O desempenho que contraria a tendência apurada ao longo do primeiro semestre de 2020 - muito pressionada pela propagação da COVID-19, pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos da América e a China -, tem sido justificado pela sincronização de factos, desde os mais conjunturais aos mais estruturais da economia mundial, sendo que o brent chegou a ser negociado abaixo dos 20 USD/barril em Abril de 2020.
Para as questões de conjuntura económica, instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial apontam para uma recuperação da economia em forma de V para o presente ano, depois de o Produto Interno Bruto mundial ter colapsado em 2020 na ordem dos 3,5%. Ainda de acordo com essas instituições de Bretton Woods, para 2021, a economia deverá crescer cerca de 5,5%, impulsionada pelo crescimento das economias desenvolvidas e emergentes em 4,3% e 6,3%, respectivamente.
Uma maior retoma do crescimento económico mundial está a ser vista como condição suficiente para o aumento da procura de combustível, fundamentalmente da indústria da aviação e da indústria transformadora. Paralelamente, a execução de ambiciosos planos de vacinação nas economias avançadas poderá contribuir para a redução das medidas restritivas à mobilidade das pessoas, o que poderá ser determinante na procura mundial.
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Oil price evolution during the pandemic period
The global oil demand remains at challenging levels and far from the pre-pandemic levels, which is translated into a real risk for the "black gold" price evolution in the international markets in 2021.
The Brent Crude Oil Price, which is the reference for the Exports of Angola, indicated a strong performance over the first three months of the year, being close to 70 USD/barrel, the maximum value estimated in a year, as it can be seen in the graph 01.
This performance contradicts the trend seen in the first six months of 2020 – which was under a strong pressure due to the spread of COVID-19 and the commercial tensions between the United States of America and China - justified by the synchronisation of facts, from the most circumstantial ones to the most structural ones in the global economy, with the Brent being traded below 20 USD/barrel in April 2020.
For economic matters, institutions such as the International Monetary Fund (IMF) and the World Bank (WB) point out a V-shaped economic recovery for the current year, after the world’s Gross Domestics Product (GDP) collapsed in 2020 to around 3.5 %. Also, according to these Bretton Woods institutions, for 2021, the economy is expected to grow about 5.5%, driven by the growth of the developed and emerging economies by 4.3% and 6.3%, respectively.
A greater recovery of the global economic growth is being viewed as a more than enough condition to drive increases in the fuel demand, essentially in both aviation and manufacturing industries. At the same time, the implementation of ambitious vaccination plans in the advanced economies will contribute to reduce the measures restricting people’s mobility, which could be a decisive factor on the global demand.
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