Há nove meses a operar no segmento de mobilidade, a Yuber Táxi identifica-se como uma empresa 100% angolana, que acredita na capacidade da mão-de-obra nacional. O desenvolvimento por quadros angolanos de um aplicativo próprio, com o qual a companhia opera, atesta esta aposta, como afirma o seu director administrativo e financeiro.

Júlio Vivaldo refere que a detenção de um aplicativo próprio é um dos factores diferenciadores num mercado em que grande parte dos operadores “depende de entidades externas” para aceder a um dispositivo com o qual operam no serviço personalizado de táxi.

“É um aplicativo com alcance em mais de 150 países. Temos recebido muitas solicitações, estamos dispostos, agora, para ceder as licenças, pelo que estamos a fazer uma campanha de captação de parceiros associados”, informa, em entrevista à revista Economia & Mercado.

Vivaldo, que encabeça a equipa da sua empresa no Luanda Expo Car, que decorre de 11 a 15 deste mês, na Baía de Luanda, informa que, quando a empresa entrou para o mercado de mobilidade em Luanda, contava apenas com 10 viaturas, mas, hoje, nove meses depois, viu a sua frota própria alargada significativamente.

“Neste momento, a frota própria é constituída por 12 viaturas ligeiras, cinco camiões gruas, quatro carrinhas para cargas leves, 60 reboques de uma parceria que, no final do dia, dá numa sociedade, e podemos considerar meios próprios”, descreve.

Tudo isso, observa Júlio Vivaldo, fruto de investimentos próprios, o que explica a “rentabilidade do negócio, basta acreditar e ter as condições técnicas necessárias para poder, então, ir atrás dos resultados”.

Afirma que, a partir do primeiro dia em que começou oficialmente a operar, a Yuber Táxi passou a ser “logo auto-sustentável”, pelo que consegue cobrir as despesas fixas e variáveis “sem recorrer a outros bolsos” para garantir os salários de 23 trabalhadores.

Já a perspectivar a expansão dos seus serviços para fora de Luanda, os gestores da Yuber Táxi pretendem dar este salto através de novas parcerias.

“A Yuber Táxi foi constituída por capital próprio, não temos ainda capital alheio, e, agora, abrimos as portas para poder introduzir parceiros que possam agregar valor à empresa em qualquer ramo: investimento, know how…”, refere Júlio Vivaldo.