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“Florentino tem condição para ser um ponto nevrálgico”, Gonçalves não desiste de trazer craque do Benfica aos Palancas

Victória Maviluka
10/12/2024
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Foto:
DR

Pedro Gonçalves diz que conhece “bem” as qualidades de Florentino, a partir dos escalões de formação, e afirma que a integração na Selecção angolana depende do jogador.

Já são longas as diligências de Angola em tentar convencer Florentino Luís a representar o país que o viu nascer. Pedro Gonçalves, o treinador português que comanda, há cinco anos, a Selecção angolana de futebol, reafirmou que ainda tem o craque do Benfica nas contas para os próximos compromissos dos Palancas Negras.

A atravessar um bom momento de forma ao serviço das ‘águias’, o médio, nascido há 25 anos no Lobito, em Benguela, conta já com várias representações pelas selecções jovens de Portugal, país onde cresceu, fez todo o processo de formação e, pelo que se sabe, sonha representar no escalão principal.

Em entrevista ao jornal A Bola, Pedro Gonçalves referiu que conhece “bem” as qualidades de Florentino Luís, a partir dos escalões de formação no Benfica, nos confrontos com o Sporting, clube leonino para o qual o seleccionador angolano trabalhou no departamento de formação.

Detalhou que há já algum tempo que as autoridades futebolísticas angolanas têm feito diligências no sentido de convencer a estrela do Benfica a representar Angola, e que, “ultimamente, estas diligências, de facto, foram mais vincadas”, mas Florentino “ainda não abriu essa porta” para Angola. 

“Respeito, porque houve sempre uma grande frontalidade na abordagem. (...) Queremos, de facto, cativar talento que se comprometa connosco com espírito de missão, e quem vai tem que perceber o espírito de missão para o que vai”, realçou o seleccionador angolano.

Sublinhou que “é óbvio que um jogador como Florentino Luís tem condição para ser um ponto nevrálgico” nos Palancas Negras, pelo que, neste momento, a sua integração depende da disposição do próprio jogador.

“[A integração] está dependente da vontade deles neste momento, porque estamos a falar do Florentino, mas existem outros alvos que nós temos em movimento”, afirmou.

O treinador dos Palancas Negras observou, entretanto, que, “quando chegar o momento em que [os jogadores] possam, eventualmente, ter uma outra perspectiva”, no sentido de representarem Angola, será determinante questionar “qual é a ligação e o compromisso, o espírito de missão” em torno da decisão. 

“Estão, efectivamente, envolvidos neste espírito de missão e compromisso? É, de facto, uma decisão maturada e inequívoca?”, indagou Pedro Gonçalves, para quem Angola não deve ser vista como uma mera alternativa.

“[Não se pode olhar para Angola como uma segunda escolha?] Nem nós aceitamos essa perspectiva, nem há garantia, seja qual jogador for, que também chegue, e se não for altamente comprometido e motivado, (...) e consiga afirmar-se da forma como alguns, muitas vezes, têm na cabeça”.