“O País dos juristas”. É recorrente ouvir-se esta frase à guisa de retrato do espaço de destaque que os juristas ocupam na opinião pública nacional. Os dados oficiais não mentem quanto à ascensão da população do Direito. Mas não são estes que dominam a preferência pela área de formação superior dos angolanos. Estudo recente do Instituto Nacional de Estatística revela que os angolanos têm no ramo da Educação a sua principal escolha para formação.
De longe, os números do Anuário Estatístico do Ensino Superior 2021-2022, a mais recente pesquisa do INE no segmento, colocam a área de Formação de Professores e Ciências da Educação no topo do ‘ranking’ das principais opções de formação dos jovens angolanos.
No ano lectivo 2020-2021, a Educação ‘arrancou’ 36,4% do total dos 27.050 angolanos que concluíram a formação superior nas instituições de ensino públicas e privadas. Em termos precisos, o sector de Formação de Professores e Ciências da Educação ‘viu’ 9.835 estudantes concluírem a formação superior.
No entanto, o relatório do INE, consultado pela revista Economia & Mercado, faz questão de sublinhar que, “com destaque”, os cursos de Direito lançaram para o mercado 2.455 formados, o que corresponde a 9,1%, sendo 700 (2,6%) provenientes de instituições públicas e 1.755 (6,5%) de estabelecimentos privados.
Com número de formados superior à área do Direito estiveram as áreas de Comércio e Administração, com 5.893 graduados; e Saúde, que, no ano lectivo 2020-2021, formou 3.661 pessoas, conforme atesta o Anuário Estatístico do Ensino Superior recentemente disponibilizado pelo INE.
Fecha o ‘top 5’ das áreas preferidas para formação superior dos angolanos entre 2020 e 2021, segundo o documento do Instituto Nacional de Estatística, o segmento da Engenharia e Profissões afins. Fora dos cinco preferidos ficou a área das Ciências Sociais e Comportamentais, com 1.525 formados.