De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação em Março registou um aumento de 0,04 pontos percentuais (pp) face a Fevereiro de 2023, quando a inflação foi de 0,86%. Se comparado com Janeiro, o aumento é de 0,07 pp, quando a inflação se fixou em 0,83%.
Em Março, a taxa acumulada foi de 2,6%, um aumento de 0,92 pp, se comparado com o mês anterior. Em termos homólogos, a inflação reduziu em 16,2 pp, ao sair de 27% em Março de 2022 para 10,8% em Março de 2023.
O estudo do INE indica que, das 12 classes que servem de base ao cálculo da inflação, a saúde foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 1,86%. Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes vestuário e calçado, com 1,64%, bens e serviços diversos (1,35%), bem como hotéis, cafés e restaurantes (1,20%).
Do ponto de vista geográfico, segundo o INE, as províncias que registaram menor variação nos preços foram Cuando Cubango, com 0,66%, Cabinda (0,68%) e Benguela (0,70%). Já Namibe (1,08%), Cunene (1,05%) e Zaire (1,02%) tiveram maior aumento nos preços.
A taxa de inflação em Angola voltou a agravar-se em 2020, como consequência de factores ligados à pandemia da Covid-19, tendo atingido os 25,1% em termos acumulados, contra os 16,9% registados em 2019, situação que veio a agravar-se em 2021, quando a taxa de inflação acumulada atingiu os 27,03%.
Contrariamente ao que se tem verificado na maioria dos países, em Angola a inflação tem seguido uma trajectória nitidamente decrescente a partir de 2022. A taxa de inflação desceu em Outubro para níveis abaixo do objectivo de 18%, definido pelo Executivo para 2022, atingindo, os 16,68% em termos homólogos.
Especialistas defendem medidas mais proactivas
O aumento das pressões inflacionistas no decurso de 2022, com particular incidência nos bens alimentares (de alto consumo), levou o Executivo a implementar um conjunto de medidas ao longo do ano, com o objectivo de mitigar os efeitos da inflação nos rendimentos das famílias e na actividade das empresas.
Leia o artigo completo na edição de Maio, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).
Monthly inflation registers second consecutive increase since the beginning of the year
The inflation rate in Angola registered the second consecutive increase since the beginning of the year, reaching 0.9% in March 2023, according to the data from the National Consumer Price Index (IPCN), released by the National Institute of Statistics (INE).
According to the data presented by INE, the inflation rate in March increased by 0.04 percentage points (pp) compared to February 2023, when inflation was 0.86%. Compared to January, the increase is 0.07 pp, when inflation was 0.83%.
In March, the accumulated rate was 2.6%, an increase of 0.92 pp compared to the previous month. In year-on-year terms, inflation decreased by 16.2 pp, going from 27% in March 2022 to 10.8% in March 2023.
The INE study indicates that of the 12 classes used as a basis for calculating inflation, health recorded the highest increase in prices, with a variation of 1.86%. Increases in prices were also noted in clothing and footwear classes with 1.64%, miscellaneous goods and services with 1.35%, and hotels, cafes, and restaurants with 1.20%.
From a geographical point of view, according to INE, the provinces with the lowest price variation were Cuando Cubango with 0.66%; Cabinda 0.68%, and Benguela 0.70%. On the other hand, Namibe with 1.08%, Cunene 1.05%, and Zaire 1.02% had the highest price increases.
Inflation in Angola worsened in 2020 due to factors related to the COVID-19 pandemic, reaching 25.1% in accumulated terms, compared to 16.9% recorded in 2019, a situation that worsened in 2021, when the accumulated inflation rate reached 27.03%.
Contrary to what has been happening in most countries, inflation in Angola has followed a clearly decreasing trajectory since 2022. The inflation rate dropped in October to levels below the 18% target set by the Government for 2022, reaching 16.68% in year-on-year terms.
Experts advocate for more proactive measures
The increase in inflationary pressures during 2022, with a particular focus on (high consumption) food items, led the Government to implement a set of measures throughout the year, aimed at mitigating the effects of inflation on family incomes and business activity.
Read the full article in the May issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).