Angola ocupa o último lugar do ‘ranking’ da OpenSignal sobre a qualidade do sinal de internet no continente. A África do Sul aparece em primeiro lugar do grupo de 27 países visados no estudo, com um sinal de internet quatro vezes mais rápido que o de Angola, apurou a revista Economia e Mercado.
“A África do Sul destaca-se na velocidade de download: os utilizadores de smartphones na África do Sul observam a experiência de velocidade de download mais rápida do continente, com 34,5 Mbps – cerca de 50% mais rápida que o segundo classificado, o Zimbabwe, e mais de quatro vezes mais rápida que a última classificada, Angola”, refere a OpenSignal.
A pesquisa, a que a E&M teve acesso, reporta que a África do Sul estabelece o padrão entre os mercados africanos comparados com 34,5 Mbps – 50% mais rápido do que os 22,9 Mbps do 2.º classificado, o Zimbabwe, seguido por Marrocos, Quénia, Tunísia e Madagáscar – os outros mercados com uma pontuação acima dos 20 Mbps.
“As velocidades de download observadas na África do Sul são pelo menos duas vezes mais rápidas do que em 20 dos 27 mercados analisados e 4,4 vezes mais rápidas do que o último colocado, Angola”, reforça o relatório publicado esta semana pela empresa independente de análise especializada em qualificar a experiência de rede móvel.
A OpenSignal afirma que a experiência das redes móveis em África varia muito, sendo moldada pelas diferenças nas condições macroeconómicas, no investimento, nos quadros regulamentares e nas infra-estruturas em todo o continente.
A análise da OpenSignal a 27 mercados africanos mostra como “cada país se compara com os seus pares, utilizando medidas-chave, como a experiência de velocidade de download — as velocidades médias gerais de download observadas pelos nossos utilizadores — e a qualidade consistente”.
O estudo sublinha que uma análise mais aprofundada do tempo despendido pelos utilizadores em diferentes tecnologias de rede destaca algumas das razões subjacentes às disparidades na experiência de rede, incluindo a persistência de tecnologias mais antigas.
Medida pela velocidade dos downloads, a qualidade da ligação à Internet em África varia, assim, significativamente de um país para outro. Os mais avançados estão na era da 5.ª geração (5G), enquanto outros ainda estão atrasados na fase 3G ou mesmo 2G, escreve o Le360 sobre o estudo.
No entanto, o continente permanece geralmente atrasado nesta área. Mas alguns países estão muito à frente de outros. A utilização do 5G continua muito baixa em África. Embora a cobertura média global de 5G atinja 40%, em África é de apenas 6%, em comparação com 68% na Europa.