Pedro Gonçalves, seleccionador dos Palancas Negras, proferiu duras críticas ao adiamento do CHAN’2024 – africano de selecções para jogadores que actuam nos seus campeonatos internos - para Agosto próximo, e considerou que a decisão belisca a verdade desportiva e cria sérios embaraços à agenda das selecções participantes.
“Com completa surpresa, tomei conhecimento do adiamento do CHAN’2024, que, por si só, já era bizarro, pois o ano do nome da competição já não correspondia ao ano em que estamos, agora, piora ainda mais com o adiamento de vários meses em relação ao atraso que já havia”, atirou o treinador.
Pedro Gonçalves reconheceu “todo o esforço” da Confederação Africana de Futebol (CAF) em melhorar as competições sob a sua égide, mas lamentou que decisão obste “directamente com a credibilidade” que os fazedores do futebol africano “tanto” se têm esforçado por evidenciar em todas as actividades.
Desabafou que a alteração da data aconteça “logo agora que nós, Angola, agregámos sinergias, arregaçámos as mangas e movemos mundos e fundos” para proporcionar ao núcleo de jogadores internos “oportunidade de evidenciar o seu potencial, num patamar que projectamos de exigência e catalisador de competências”.
O seleccionador de Angola observou que a decisão concorre perante o plano de desenvolvimento da Selecção Nacional para o ano 2025, porém, sublinhou, “mais do que nunca, tenho uma vontade imensa de estar no próximo CHAN e evidenciar todas as nossas qualidades internas”.
“Escolham a data que quiserem, apelidem o CHAN com o nome que quiserem, onde quiserem, Angola estará presente, com energias redobradas para elevar o seu nome para júbilo de todos os angolanos”, finalizou o técnico português, que tem feito uma campanha vistosa à frente dos Palancas Negras.
A edição a ser organizada pelo Quénia, Tanzânia e Uganda marcará a 5.ª presença de Angola no CHAN. Os Palancas Negras, recorde-se, terminaram na segunda posição da prova em 2011.