A medida permitirá importação e refinação de petróleo bruto por parte de agentes privados.
O negócio da importação, distribuição e comercialização dos combustíveis, no mercado angolano, poderá funcionar a todo o gás a partir de meados do próximo ano, altura em que, segundo as previsões do Governo, deverá estar concluído o processo de liberalização dos derivados de petróleo, já em curso no país.
Embora os dados oficiais atestam que as primeiras ideias de liberalização deste mercado surgiram em 2000, a verdade é que agora, quase duas décadas depois, começa a haver um sentimento quase que generalizado entre os principais intervenientes do sector petrolífero de que o plano desta vez deverá efectivar-se nas metas previstas.
E as razões para isso, segundo alguns observadores, são simples e inevitáveis, sendo que têm que ver com um pacote de medidas que deverão ser assumidas pelo Governo para que os efeitos da crise, decorrente da baixa do preço do barril do petróleo no mercado internacional, sejam reduzidos.
Em declarações à Economia & Mercado, José Oliveira, investigador do Centro de Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN) para a área de energia, afirmou que essa medida (de liberalização dos combustíveis) só tem sido adiada “pelo facto de os preços da venda ao público dos combustíveis no país serem muito inferiores aos seus custos reais no mercado internacional”.
Mas como a crise está a obrigar o país a acabar com as distorções de preços e, consequentemente, com a maioria dos subsídios, José Oliveira diz não ter dúvidas de que desta vez o mercado interno deverá mesmo assistir à entrada de companhias estrangeiras e nacionais.
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