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Pescangola de olhos postos na economia com controlo de descargas

José Zangui
21/12/2021
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Foto:
Carlos Aguiar

Angola dispõe de dois portos pesqueiros oficiais, um na Boavista, em Luanda, e outro, o maior, no Tômbwa, na província do Namibe.

Na pesca existem critérios que sustentam a intervenção do Estado no controlo do pescado, nomeadamente, critérios de preservação e sustentabilidade que têm como objectivo a necessidade de se preservar os recursos marinhos para aumentar ou manter o bem-estar social das gerações actuais e futuras.

Por outro lado, existe uma tendência mundial de sobrepesca, ou seja, de pesca predatória, o que impõe uma drástica redução da produção com grandes implicações sociais e económicas, de acordo com Adelino André, chefe do Gabinete de Controlo e Gestão da Pescangola, que por esta razão sustenta a criação, em 2004, da empresa.

Entre os vários serviços, a Pescangola faz o abastecimento logístico das embarcações de pesca, o aluguer de camaras frigoríficas, a manutenção naval e a operação de carga e descarga de pescado.

Dados da empresa apontam que no Porto Pesqueiro da Boavista, no Cais Principal, no 1º Semestre de 2021, registaram-se 154 atracagens de embarcações de pesca industrial, das quais resultaram a descarga de 40.701,25 toneladas de peixe congelado de diversas espécies.

A sardinha, segundo o responsável, foi a espécie mais descarregada na lota da Boavista, correspondendo a 50%, seguido do carapau e da marionga, com 19% e 12%, respectivamente.

Nos últimos anos, de acordo com dados oficiais, a produção anual de pescado em Angola rondou as 300 e 400 mil toneladas, das quais 30% provenientes da pesca artesanal marítima.

Em 2010, o Estado investiu mais de 2 milhões de dólares na doca flutuante da Boavista, para a reparação (manutenção) de embarcações industriais e semi-industriais, mas, de momento, esta não funciona e brevemente será entregue à gestão privada, segundo fonte da empresa. Dentro do Porto Pesqueiro há ainda três fábricas de gelo, que pertencem à Futurus, entidade privada.

Leia o artigo completo na edição de Dezembro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Pescangola with eyes on the economy of unloading control

Angola has two official fishing ports, one in Boavista, Luanda, and the other, the largest, in Tômbwa, Namibe. There are other small ports, but they do not have refrigeration facilities.

Despite the criteria that sustain the State’s control of fishing in Angola, especially for the preservation and sustainability of the marine resources that guarantee the well-being of present and future generations, there is a worldwide tendency for overfishing, which drastically reduces production and has great social and economic implications, said Adelino André, head of Pescangola’s Control and Management Department, pointing this as one of the reasons why the company was created in 2004.

The control of fishing activities is one of the various services provided by Pescangola, which also specializes in logistical support to fishing vessels, rental of refrigeration chambers, vessel maintenance and fish loading and unloading. Company data indicate that, in the first half of 2021, the Boavista Fishing Port registered 154 dockings of industrial fishing vessels at the Main Quay, resulting in the unloading of 40,701,25 tons of various species of frozen fish. According to the manager, sardine was the species most unloaded at the Boavista, corresponding to 50% of the total catches, followed by horse mackerel and snapper, with 19% and 12%, respectively.

According to official data, in recent years the annual production of fish in Angola has stood at 300,000 to 400,000 tons, of which 30% comes from small-scale maritime fishing.
In 2010, the state invested more than 2 million dollars in the Boavista floating dock for the repair and maintenance of industrial and semi-industrial vessels. However, the facility remains inoperative and will soon be handed over to private management, said a source from the company. The Boavista Fishing Port also contains three ice factories owned by Futurus, a private company.


Read the full article in the December issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).