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Preço do gasóleo sobe 114% em apenas um ano. Executivo continua marcha da retirada das subvenções

Victória Maviluka
24/3/2025
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Foto:
DR

Governo deliberou ajuste gradual dos preços dos derivados de petróleo para níveis de mercado, segundo mecanismo de ajustamento flexível e paridade de importação ou exportação.

O Executivo angolano decidiu aumentar, a partir desta segunda-feira, 24, o preço do gasóleo, passando o litro a ser comercializado a 300 Kwanzas, contra os 200 Kz da tabela anterior. Contas feitas pela E&M apontam para subida do preço do gasóleo de 114,2% num intervalo de um ano.

No documento sobre a medida, o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo associa a decisão ao exposto no Decreto Executivo Conjunto n.º 81/23, de 1 de Junho, que delibera o ajuste gradual dos preços de venda ao público dos produtos derivados de petróleo para os níveis de mercado, de acordo com o mecanismo de ajustamento flexível e paridade de importação ou exportação.

No âmbito desta política, em Abril do ano passado, as autoridades angolanas passaram o preço do litro de gasóleo de 140 para 200 Kwanzas (e, agora, para 300 Kz). 

Diferentemente do gasóleo, o Governo decidiu manter os preços da gasolina, petróleo iluminante e gás de cozinha inalterados. A última mexida no preço da gasolina, recorde-se, deu-se em Junho de 2023, quando o litro saiu de 160 Kwanzas para os actuais 300 Kz.

Contrabando ‘precipita’ retirada das subvenções aos combustíveis

As autoridades angolanas têm intensificado as frentes de combate ao contrabando de combustíveis, mas estas acções revelam-se, até aqui, insuficientes para conter o fenómeno. O fim da subvenção aos combustíveis e a consequente adopção de preços reais é, para o Presidente da República, a saída eficaz para o problema.

Ao falar à imprensa, em Fevereiro último, durante a inauguração do Terminal Oceânico da Barra do Dande, na província do Bengo, João Lourenço observou que as autoridades têm feito combate ao contrabando de combustíveis, mas “talvez não o suficiente” para controlar o fenómeno. 

“Para além das medidas de carácter policial, será, com certeza, ajustar-se o preço dos combustíveis aos preços reais. Tanto quanto sabemos, o preço dos combustíveis em Angola está muito abaixo dos preços reais, quer do preço de produção, quer do preço dos produtos importados”, disse.

O Chefe de Estado informou que, hoje, face à insuficiente capacidade de refinação local, o País importa ainda grande parte dos derivados que consome, quer diesel como gasolina. 

“Importamos a um preço e vendemos a um preço inferior ao da importação”, lamentou o Presidente da República, alertando que, com esta dependência, o País “está a perder dinheiro”. 

“Você compra a dez e vende a seis. Isto é uma situação que, uma vez resolvida, com certeza que vai desencorajar todos aqueles malfeitores que estão envolvidos no contrabando de combustíveis”, perspectivou João Lourenço.