Os congoleses democráticos insurgiram-se contra ‘passividade’ ocidental pelo apoio do Ruanda ao grupo armado 213 de Março (M23), em consequência atacaram hoje (28) as embaixadas de alguns países na capital Kinshasa, inclusive a representação diplomática dos Estados Unidos da América (EUA).
A fúria dos congoleses, sobretudo dos residentes em Kinshasa, evidenciou-se após o grupo M23 tomar (pela força das armas) a cidade de Goma, centro político-administrativo da província do Kivu Norte, Leste da República Democrática do Congo (RDC), uma região rica em minerais estratégicos.
Os manifestantes na capital da RDC, noticiou a imprensa internacional, também vandalizaram as representações diplomáticas da França, Bélgica, Países Baixos, Ruanda, Quénia e Uganda.
“Tudo isso é por causa do Ruanda. O que Ruanda está a fazer é em cumplicidade com a França, Bélgica, Estados Unidos e outros países. O povo da RDC está cansado. Quantos devemos morrer?, questionou um dos manifestantes, enquanto a embaixada francesa ardia.
Os protestos, segundo testemunhas, eclodiram por toda a cidade de Kinshasa com manifestantes a queimar pneus e confrontando a polícia, que disparou gás lacrimogêneo para os dispersar.
O ministro das Comunicações da RDC, Patrick Muyaya, em declarações à TV nacional, pediu aos manifestantes que parassem com os ataques às embaixadas e outras infra-estruturas.
“Temos todo o direito de expressar nossa raiva, mas vamos fazê-lo pacificamente. Não vamos atacar as infra-estruturas consulares dos países credenciados na República Democrática do Congo", disse o governante.