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Revolução no combate à malária? Pesquisadores sul-africanos buscam solução com recurso à IA

Victória Maviluka
12/3/2025
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Foto:
DR

Investigadores observam que financiamento e colaboração com empresas farmacêuticas serão cruciais para avançar com as descobertas em direcção à aplicação real.

Uma equipa de pesquisadores da North-West University (NWU), na África do Sul, tem bem encaminhado um trabalho de investigação que promete encontrar uma solução eficaz no combate à malária com uso das ferramentas da Inteligência Artificial (IA).

Os pesquisadores concentraram-se numa proteína específica que é essencial para a sobrevivência do parasita da malária. Ao usar o aprendizado de máquina, conseguiram rastrear milhares de compostos potenciais que poderiam bloquear essa proteína e impedir que o parasita prosperasse. 

Esta abordagem, referem os pesquisadores, acelera significativamente o processo de descoberta de medicamentos em comparação com os métodos tradicionais no combate a uma doença responsável por milhares de mortes, sobretudo, no continente africano. 

“Precisamos ficar à frente do parasita desenvolvendo tratamentos inovadores continuamente”, diz Fortunate Mokoena, do grupo de Bioquímica e um dos pesquisadores principais do programa, citado pelo portal News NWU, associado à North-West University.

Enfatiza o impacto potencial da pesquisa, explicando que, ao usar a IA e o aprendizado de máquina, conseguiu-se analisar um vasto número de compostos num intervalo de tempo muito inferior em relação às abordagens convencionais, permitindo identificar candidatos promissores a medicamentos “muito mais rápido”

O estudo identificou vários compostos que mostram forte potencial para atingir o parasita da malária, como o composto FTN-T5, cujo teste laboratorial demonstrou sua capacidade de neutralizar o parasita da malária, permanecendo seguro para células humanas. 

“No entanto, mais optimização, incluindo ensaios pré-clínicos, é necessária antes que o FTN-T5 possa ser desenvolvido para tratamento aprovado”, observa Fortunate Mokoena.

O uso da Inteligência Artificial na descoberta de medicamentos marca, assim, uma mudança significativa na forma como os cientistas abordam a descoberta de tratamentos para doenças como a malária. 

O desenvolvimento de medicamentos tradicionais pode levar anos, mas métodos baseados em IA podem agilizar o processo, identificando compostos viáveis ​​de forma mais eficiente e económica, escreve a News NWU.

Apesar dos progressos, os desafios permanecem, com os pesquisadores a sublinharem que financiamento adicional e colaboração com empresas farmacêuticas serão cruciais para avançar essas descobertas em direcção a aplicações no mundo real. 

Ensaios clínicos, aprovações regulatórias e fabricação em larga escala ainda são obstáculos que devem ser superados antes que um novo tratamento contra a malária chegue aos pacientes, observam os pesquisadores.

"Essas descobertas fornecem um forte ponto de partida para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a malária. O nosso objectivo é criar medicamentos que não sejam apenas eficazes, mas, também, tenham menor risco de resistência (...), é desenvolver medicamentos acessíveis para populações africanas negligenciadas”, perspectivou Mokoena.