O sector de Seguros no País registou um crescimento de 25% no último trimestre do ano passado, comparativamente ao período homólogo de 2023, atingindo um volume de prémios de cerca de 473,7 mil milhões de Kwanzas, informou Filomena Manjata, PCA da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).
Ao proferir, nesta sexta-feira, 28, em Luanda, o discurso de abertura da 4.ª edição do Business and Breakfast, sob o lema ‘Seguros VS Fundos de Pensões: Desafios e Oportunidades do Mercado’, de iniciativa da revista Economia & Mercado, Filomena Manjata sublinhou que, em 2023, o sector dos fundos de pensões verificou uma valorização de 28% dos activos sob gestão, atingindo a marca de 1,1 bilião Kz.
Este crescimento, para a PCA da ARSEG, reflecte “o papel essencial” dos fundos de pensões na garantia da segurança financeira dos trabalhadores, assegurando benefícios como pensões de reforma, invalidez e sobrevivência, que “proporcionam estabilidade e dignidade” aos beneficiários.
Já em relação a 2024, disse que os montantes pagos aos beneficiários, incluindo pensões de reforma, benefícios por invalidez e prestações por sobrevivência, cresceram 11%, enquanto as contribuições dos participantes e associados aumentaram 26%, demonstrando “um maior envolvimento da população na construção de uma segurança financeira para o futuro”.
Apesar deste incremento, observou Filomena Manjata, há ainda no País um predomínio dos fundos fechados, para quem impõe a necessidade de “um esforço maior” na promoção dos fundos abertos e na diversificação das carteiras de investimento, o que é reforçado pelo facto dos fundos de pensões corresponderem a verdadeiros investidores institucionais.
A responsável do órgão especializado na regulação, supervisão e fiscalização da actividade seguradora precisou que, a 31 de Dezembro do ano passado, o sector já contava com 41 fundos de pensões geridos por nove sociedades gestoras de fundos de pensões.
“Não obstante o crescimento verificado, persistem desafios significativos. A densidade de seguros em Angola continua aquém do ideal, situando-se em cerca de 20.000 Kwanzas per capita, o que demonstra que há ainda espaço para o crescimento do sector segurador”, considerou.
Filomena Manjata explicou que os seguros e os fundos de pensões desempenham “um papel fundamental” na economia nacional, no geral, e no sistema financeiro, em particular, promovendo a estabilidade financeira, protegendo as pessoas, empresas e os seus patrimónios.
Realçou que, na realidade actual, “não há economia sem seguros e sem fundos de pensões”, pelo que considerou “o crescimento sustentável do segmento do mercado de seguros é um pilar essencial” para o desenvolvimento de Angola e para a protecção da sua população.