A SONANGOL perspectivou para 2025 gozar da avaliação das principais agências de rating no mundo. Para tal, está a ajustar os seus processos de gestão para se conformar às práticas das principais empresas petrolíferas internacionais, adiantou o administrador Executivo da petrolífera angolana.
No prosseguimento desta política, refere Baltazar Miguel, a SONANGOL contratou os serviços da consultora internacional Rothschild, que consigo trabalha para a adopção de “melhores práticas de gestão”, com vista à entrada da empresa “não só na BODIVA, mas, eventualmente, também no [mercado de cotação] exterior”.
“Este ano, vamos concluir a implementação das IFRS, normas contabilísticas internacionais, que permitem a SONANGOL ser comparada com quaisquer outras empresas no mundo”, realçou, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).
O passo a seguir, continuou, é obter o rating de agências como a Moody’s, a Standard & Poor's e outras consultoras que procedem à avaliação de risco de investimento.
“Este passo vai começar no final deste ano e a perspectiva é em 2025 conseguirmos obter o rating destas agências”, prognosticou, afirmando que, alcançada esta meta, a petrolífera poderá, então, emitir Eurobonds, antes de pôr à venda os 30% do capital em bolsa.
Baltazar Miguel esclareceu que a listagem passa por todo um processo que a empresa “tem que ir fazendo” para ser conhecida tanto pelos analistas, quanto pelos mercados.
“É todo um processo de melhorias, com a elaboração dos prospectos e assim por diante, à medida que nós passamos para outros instrumentos de gestão”, reforçou o administrador Executivo da maior empresa do País.
Enumerou alguns pendentes que dependem da decisão do Estado, entre os quais a problemática da retirada da subvenção ao combustível, particularmente à gasolina.
“Também temos outros problemas com o Estado para que a SONANGOL, quando entra em bolsa, não se desvalorize, e um dos temas que nós temos bem conhecido é o tema dos combustíveis”, elencou.
A propósito destes pendentes, Baltazar Miguel disse que a petrolífera está a trabalhar com o Governo para que, na altura de listagem, todos os temas “não continuem em pé e tenham um impacto negativo” na valorização da empresa.