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“Temos vivido tempos adversos, mas mantivemos os resultados positivos” - administrador Financeiro da União

Victória Maviluka
14/9/2024
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Foto:
Carlos Aguiar

União Comercial de Automóveis lançou, no Expo Car, a sua nova aposta: Proton. José Saraiva, administrador para a Área Financeira e Administrativa, fala desta marca e de outros desafios da empresa.

O que a União traz ao Luanda Expo Car 2024?

A União entendeu este projecto do Expo Car como uma oportunidade para fazer o lançamento desta nossa nova marca, a marca Proton, que passamos a representar a partir deste ano, e este modelo Saga é o primeiro modelo desta nova marca que pretendemos que seja um sucesso no mercado automóvel nacional.

Quais são as valências desta marca?

Ela tem várias valências, e todas muito competitivas, designadamente a primeira, temos que confessar, é o preço significativamente competitivo para o segmento em que compete; depois, é confortável, é fiável, porque incorpora tecnologia japonesa no seu motor, tem o design normal - os gostos são subjectivos -, e, no âmbito da funcionalidade do carro, parece-nos que é uma boa aposta e é um bom produto para as famílias angolanas e, eventualmente, também, para as empresas.

Alarga-se, portanto, o vosso portfólio…

A União representa tradicionalmente a marca Land Rover e a marca Jaguar. Actualmente, a Jaguar Land Rover fez um rebranding, portanto, fez uma nova gestão da marca e, agora, a Jaguar Land Ranger tem a Range Rover, o Discovery, o Defender e a Jaguar, são as quatro marcas que, neste momento, a União representa.

Estamos a falar de marcas muito modernas. Estão adaptadas para resistir à nossa realidade?

Esta pergunta é interessante e foi por causa disso que decidimos aumentar o nosso portfólio. De facto, e como refere e muito bem, as marcas que acabei de mencionar pertencem a um segmento da sociedade das classes alta e muito alta, e, portanto, foi nosso objectivo estratégico alongar este nosso portfólio trazendo uma marca mais acessível para conseguir abranger novos públicos-alvo e novos consumidores.

Quais são os resultados da empresa no ano passado?

O mercado, de facto, relativamente ao sector automóvel, não tem sido muito favorável, temos vivido tempos adversos, mas, de qualquer forma, mantivemos os resultados líquidos positivos, o que é sempre bom para os accionistas, e perspectivamos, agora, o início de um crescimento desta nova marca dentro do nosso portfólio e, depois, com a chegada de outros modelos desta marca Proton, conseguir aumentar o nosso volume de negócios não só por via da venda de mais unidades quer das marcas que já representamos antes quer com este modelo Saga.

Em relação a este novo modelo, é comum os potenciais clientes levantarem preocupações a nível de peças sobressalentes e acessórios.

Os contratos de representações internacionais obedecem a determinados critérios, um dos quais os fabricantes obrigam-nos a colocar, de imediato, com as primeiras encomendas, também, uma encomenda de peças sobressalentes e acessórios, e é o que se passa, também, com esta marca. Eventualmente, poderá haver, face à escassez de divisas, algum prolongamento nos tempos de assistência, mas, naturalmente, somos alheios a este facto. No entanto, relativamente a esta nova marca, com a chegada dos carros, chegaram, também, vários contentores de peças e acessórios para garantir a assistência técnica pelo menos no primeiro ano da marca.

Já que fala em assistência técnica, como é que a União está servida?

A União é uma empresa que tem 84 anos no mercado e presumo que sejam sobejamente conhecidas as nossas oficinas quer na Mulemba quer no Miramar, que estão equipadas com os mais modernos meios para a assistência técnica, bem como com os melhores técnicos dentro da nossa marca. Ou seja, das nossas marcas não há ninguém que saiba mais do que nós. Relativamente às peças em stock, temos um bocado das várias encomendas para garantir níveis de assistência técnica com maior celeridade possível. E para nos aproximarmos mais do cliente, o ano passado, lançámos o nosso call center, para que as pessoas tenham uma possibilidade de nos contactar, havendo, assim, uma maior proximidade entre nós e os nossos clientes.

Administrador para a Área Financeira e Administrativa da União Comercial de Automóveis destaca as valências comerciais da nova marca

Os 84 anos da União em Angola justificam os níveis de representação da empresa pelo País?

Ainda bem que dá esta oportunidade, porque, de facto, às vezes, mencionamos a União e achamos que a União faz parte só da província de Luanda, e não é! Está em mais outras seis províncias: Huambo, Huíla, Malanje, Benguela (Lobito) e Namibe.

Quais são as próximas províncias a ‘atacar’?

Para esta nova marca, gostaríamos de alargar a nossa rede e há aqui duas possibilidades: ou construímos lojas próprias nas províncias onde não estamos ainda representados ou encontramos parcerias com stands de automóveis que, eventualmente, já lá existam, nós apoiá-los-emos financeiramente ao nível do designer, etc, e fazemos uma parceria para expor os nossos carros. 

Não há, portanto, ainda nada decidido quanto à abertura de novas lojas fora de Luanda?

Estamos a avaliar se faz sentido construir stands novos, se faz sentido aproveitar stands que já existam, fazer parceria com representantes que já existam noutras províncias, de forma a que não só eles tenham o maior portfólio para vender e, para nós, seja financeiramente mais atractiva esta expansão.

Quantos trabalhadores efectivos tem a União?

Nós, nas províncias todas que mencionei [incluindo Luanda], temos perto de 450 trabalhadores, o que significa que, a uma média de cinco pessoas por família, mais de 2.100 pessoas dependem de nós. 

O que Luanda representa neste universo?

Luanda tem perto de 150 trabalhadores.