A União Europeia (UE) anunciou um pacote de financiamento de 7,4 mil milhões de euros (cerca de 8,1 mil milhões de dólares) para ajudar o Egipto a fazer face aos fluxos de migrantes para a Europa.

Pelo que constatou a E&M, a iniciativa visa reforçar a colaboração em vários sectores, como as energias renováveis, o comércio e a segurança, ao mesmo tempo que concede subvenções, empréstimos e outros financiamentos ao longo dos próximos três anos (2024-2027), para apoiar, sobretudo, a economia do Egipto, que se diz estar em dificuldades.

O acordo prevê o financiamento de 5 mil milhões de euros em empréstimos concessionais, 1,8 mil milhões em investimentos directos e os 600 milhões de euros restantes deverão ser atribuídos em subvenções, com 200 milhões de euros destinados à gestão da migração.

Segundo a Reuteres, o acordo eleva os laços da UE com o Egito a uma “parceria estratégica”. Mas não é o mesmo entendimento de Victoria Rietig, chefe do programa de migração do Conselho Alemão para os Negócios Estrangeiros.

À DW, Victoria Rietig entende que se trata de um acordo “sem inovação”. 

"Do ponto de vista europeu, a cooperação com o Egito na área de controlo da migração é uma história de maior sucesso quando comparada com a de outros países. O regime egípcio consegue utilizar controlos muito mais rigorosos para garantir que o número de barcos que saem do Egito é muito baixo", comentou.