Angola terá de recorrer ao saque de activos ‒ incluindo os 1,5 mil milhões de dólares já retirados do Fundo Soberano ‒ e ao financiamento ao abrigo do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI), para fazer face às necessidades de financiamento a curto-prazo, indica o mais recente relatório do Banco Mundial (BM) sobre a economia nacional, intitulado “Confrontar as Consequências Socioeconómicas da Covid-19 em Angola”, ao qual a Economia & Mercado teve acesso. O ano 2020 foi o quinto consecutivo com um crescimento económico negativo, um quadro que ficou mais agravado com o surto da pandemia da Covid-19. Antes da pandemia, Angola já enfrentava desafios para restaurar o crescimento, devido ao continuado fraco desempenho do sector petrolífero e aos efeitos colaterais para o sector não-petrolífero.