O País está entre os cinco africanos que mais sofrem ataques cibernéticos, com um número seis vezes maior do que se regista globalmente, sendo 92% destes a ocorrerem com o vector web, enquanto os restantes 8% são feitos via e-mail, segundo Paulo Nunes, gestor de vendas da DataGroupIT para Angola e Cabo Verde.
Entre os principais alvos dos ataques cibernéticos com este vector em Angola destacam-se as marcas Phorpiex (23%), update fake (21,7%) e Joker (20.0%), além do Android, que geralmente descarrega aplicativos pela web.
“Então, há um grande vector de preocupação ainda. Entretanto, temos que verificar e fazer um planeamento estratégico”, sugeriu Paulo Nunes durante fórum da Hanzol, empresa vocacionada para o ramo de segurança de pessoas, bens e activos de informação, realizado nesta sexta-feira, 01 de Novembro, em Luanda, sob o tema “Os Desafios da Cibersegurança em Angola".
Entretanto, o player diz que a realidade registada em Angola contraria a tendência global, onde 70% dos ataques cibernéticos ocorrem com o e-mail e apenas 30% a sucedem com o vector web.
“O e-mail está cada vez mais a crescer como um vector de vulnerabilidade”, atirou Paulo Nunes, dando como preocupante o registo de ataques "ransomware e InfoStealer". O InfoStealer, por exemplo, refere-se ao ‘roubo’ de informações, de acordo com as explicações do especialista.
Quanto ao ransomware, software malicioso que geralmente circula entre 10% e 20% dos ataques, como avançou Paulo Nunes, atingiu os 90%, fazendo pouco mais de cinco mil vítimas em 2023.
“Cada vez mais está a aumentar o número de ataques. O ransomware torna-se muito preocupante, nesse sentido de trazer grande perda operacional e também de património”, sublinhou o player, explicando que, por isso, o sector financeiro, especialmente os bancos e empresas, hoje são alvos frequentes.