O petróleo e a biomassa são as fontes de energia primária mais produzidas em Angola. O Governo, através do MINEA, realizou um estudo sobre o potencial de energias renováveis do País, entre 2013-2015. Este Atlas indica que o potencial total de recursos renováveis é de 80,6 GW. A fonte de energia solar é a mais abundante (55 GW), seguida de fontes hídricas (18 GW), eólicas (3,9 GW) e de biomassa (3,7 GW).
De acordo com o mais recente relatório da Associação Angolana de Energias Renováveis (ASAER), consultado pela E&M, em 2021, a capacidade total instalada de produção eléctrica no País era de 5,9 GW, repartidos por 63% hídrica e 37% térmica. O mercado é dominado pela PRODEL, existindo 66 centrais, das quais 63 são públicas, uma delas é uma parceria público-privada e duas são privadas. Mas a produção cifrou-se nos 14 GWh, sendo que a hídrica representou, em 2021, 78% do total da produção de electricidade.
As novas energias renováveis, como a solar e a eólica, não têm ainda expressão, apesar de o Governo ter estabelecido como meta para 2025, que pelo menos 7,5% da electricidade gerada no país seja proveniente de novas energias renováveis.
Não obstante algumas melhorias nos últimos anos, segundo a analista de mercado petrolífero e energias, Joana Manuel, o sector de energias em Angola ainda padece de problemas associados com a sua sustentabilidade financeira. De acordo com a engenheira, a falta de monitorização efectiva do consumo e perdas, associado a tarifas fortemente subsidiadas, bem como a incapacidade em assegurar a cobrança da energia fornecida, tem resultado numa operação deficitária. “Tendo em conta a diversidade de fontes no País, e a elevada produção hídrica, Angola apresenta condições favoráveis para satisfazer a procura interna e para exportar para os países vizinhos, aproveitando a interligação prevista com o Pool Energético da África Austral (SAPP)”, refere.
Leia o artigo completo na edição de Novembro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).
The slow march towards renewable energy
The transition process to renewable energies in Angola is at an embryonic stage and the participation of the private sector is still in its infancy. Despite existing legislation and government strategies, the operational and commercial context is rather uninviting.
Oil and biomass are the most produced primary energy sources in Angola. Between 2013 and 2015, the government, through MINEA, carried out a study on renewable energy potential in the country. This Atlas indicates that the total potential of renewable resources is 80.6 GW. Solar energy is the most abundant source (55 GW), followed by hydro (18 GW), wind (3.9 GW) and biomass (3.7 GW).
According to the most recent report by the Angolan Renewable Energy Association (ASAER), which E&M had access to, the total installed capacity of electricity production in the country in 2021 was 5.9 GW, divided between 63% hydro and 37% thermal. The market is dominated by PRODEL, with 66 exchanges, of which 63 are public, one of which is a public-private partnership and two are private. But production amounted to 14 GWh, with hydro representing, 78% of total electricity production in 2021.
New renewable energies such as solar and wind are still insignificant, despite the Government having set a target that by 2025, at least 7.5% of the electricity generated in Angola must come from new renewable energy sources.
Despite some improvements in recent years, oil and energy market analyst Joana Manuel warns that the energy sector in Angola still suffers from problems associated with its financial sustainability. According to the engineer, the lack of effective monitoring of consumption and losses, associated with heavily subsidized tariffs, as well as the inability to ensure the collection of supplied energy, resulted in a loss-making operation. “Taking into account the diversity of sources in the country, and the high water production, Angola presents favorable conditions to satisfy domestic demand and to export to neighboring countries, taking advantage of the planned interconnection with the Southern Africa Energy Pool (SAPP),” she explains.
Read the full article in the November issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).