Parece uma questão retirada de um filme de ficção científica, mas é apenas um prognóstico da evolução dos tempos. De acordo com a World Economic Forum’s “the future of jobs reporte 2020,”prevê que a IA substituirá cerca de 85 milhões de empregos à nível global até 2025.
Legisladores e políticos da grande esfera mundial (EUA, China e União Europeia) debatem incessantemente para encontrar um meio termo sustentável entre o investimento no ramo tecnológico sem a precariedade e o encarecimento do ser humano no mercado de trabalho. Até agora há apenas uma ponte de unanimidade entre todos: a necessidade de controlar a proliferação global de novos sistemas criados para simular a cognição humana.
Desde o final de 2022, com o aparecimento de “chatbots” como o ChatGPT, criado justamente para gerar respostas que pareçam indistinguíveis com as das pessoas, há uma questão proeminente no ar: poderá a mão de obra humana estar em vias de extinção?
Fatalismos à parte, nem tudo parece tão sombrio como alguns analistas pintam. Manuel Dias, responsável de tecnologia da Microsoft Portugal já deixou um apelo claro: “Não vamos ser substituídos por IA, mas talvez por humanos que saibam usar IA”. Para complementar este prisma positivista é necessário ter em conta os benefícios que a automatização tecnológica pode trazer tanto para o sector económico como para o sector empresarial. Desde executar rotinas simples, à interagir diretamente de forma rápida e automática com o cliente, a IA pode dinamizar todo um sector, permitindo aos trabalhadores a liberdade de estarem focados em situações diárias mais complexas e desafiadoras, ao mesmo tempo que usufruem de uma menor sobrecarga e pressão. E se ainda houverem céticos à solta, os dados estão cá para acalmar os menos audazes: mais de 40% dos recursos humanos de diversas companhias e empresas usam atualmente a IA como forma de melhorar o seu sistema de aplicações de resposta de acordo com uma investigação da PwC.
Os inconvenientes também estão à vista
É claro que a inovação por vezes também anda de mãos dadas com o inoportuno. Apesar das claras melhorias do ambiente de trabalho, da eficiência e acuidade, em algumas indústrias como é o caso da manufatureira, as máquinas podem de facto ser uma ameaça aos convencionais métodos de trabalho a que estamos habituados. Nesta área em particular o mais provável é existir uma requalificação por parte dos funcionários a fim de redirecioná-los para outros sectores. E ainda que a reticência seja plausível, e que novos moldes a seguir sejam desafiadores, há apenas uma verdade certeira a reter: não se pode parar o futuro.
No final a premissa é simples: ou se acompanha a evolução, ou fica-se pelo caminho.