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Inteligência Artificial na saúde: a revolução silenciosa que redefine o futuro da medicina

Edgar Santos
16/4/2025
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Foto:
DR

Há desafios que persistem, dos quais podemos referir sistemas de IA que já cometeram erros graves, como recomendações de tratamento oncológico inseguras pelo IBM Watson.

A convergência da Inteligência Artificial (IA) com a transformação digital na saúde já não é promessa distante, mas uma realidade disruptiva que redefine diagnósticos, operações e a própria relação entre pacientes e sistemas de saúde. O mercado global de saúde digital está projectado para ultrapassar US$ 800 mil milhões até 2030, com taxas de crescimento anuais acima de 15%, e é imperativo questionar: como podemos traduzir esta revolução em vantagens competitivas tangíveis para as organizações? Segundo os relatórios da OMS, os sistemas de saúde em todo o mundo enfrentam desafios estruturais críticos: escassez de especialistas em regiões remotas, custos proibitivos de tratamentos, filas de espera intermináveis e uma burocracia que consome até 30% dos recursos hospitalares. A pandemia de COVID-19 expôs fragilidades adicionais, como a incapacidade de escalar atendimentos em crises. Neste contexto a IA emerge como uma solução estrutural. Temos algoritmos capazes de analisar imagens médicas com precisão superior a profissionais humanos, como os sistemas da DeepMind para doenças oculares (90% de acerto em retinopatias) ou da VUNO Med no diagnóstico do cancro do pulmão, que mostram como a velocidade e a exactidão salvam vidas.

A automação de processos administrativos reduz desperdícios e liberta capital humano para atividades estratégicas. Hoje em dia as plataformas de IA já fazem a gestão dos agendamentos, auditorias de contas e até logística de medicamentos, cortando erros em até 40% (PathAI, 2018). Por exemplo, o caso do Butterfly iQ, que é uma um dispositivo portátil de ultrassom com IA, exemplifica como é que as tecnologias acessíveis podem democratizar o acesso a exames complexos em áreas remotas, eliminando dependências de infra-estrutura tradicional.

Apesar dos avanços, há desafios que persistem, dos quais podemos referir sistemas de IA que já cometeram erros graves, como recomendações de tratamento oncológico inseguras pelo IBM Watson, ou a privacidade de dados, regulada pela OMS desde 2018, que exige governança rigorosa. Por isso as empresas de saúde devem priorizar parcerias com empresas especializadas aliadas na mitigação de riscos, não apenas fornecedoras de tecnologia ou optar por modelos de software-as-a-service que reduzem custos iniciais, permitindo que instituições de qualquer porte adoptem IA sem investimentos proibitivos.

A revolução digital na saúde não é sobre substituir médicos, mas sobre amplificar a sua capacidade. As empresas que integram IA de forma ética e estratégica vão colher benefícios duplos: seja na redução de custos operacionais e seja na diferenciação no mercado. Está na hora de nos perguntarmos se as nossas organizações estão preparadas para liderar esta transformação?