3
1
PATROCINADO

Angola olha para o futuro com “optimismo e crença” de que erradicará a pobreza, diz João Lourenço

Victória Maviluka
19/11/2024
1
2
Foto:
DR

Presidente da República destaca, ao intervir na Cimeira do G20, as acções de combate à fome e à seca em Angola, como a construção do canal do Cafu e o programa Kwenda.

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou que o Executivo angolano espera que as políticas em curso, sobretudo voltadas para a diversificação da economia nacional, permitam a erradicação da pobreza no País.

Ao intervir nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro, Brasil, na Cimeira do G20, o Chefe de Estado sublinhou as acções que visam à redução da “grave dependência” que Angola enfrenta em matéria de importação de bens alimentares.

Este quadro, segundo João Lourenço, tem requerido das autoridades nacionais um “esforço persistente” para a sua alteração, através de acções não só de apoio à agricultura familiar como também de promoção do desenvolvimento de uma agricultura moderna, que serve de base ao impulsionamento da indústria nacional.

Presente na Cimeira do G20 como convidado, o Presidente angolano realçou que o País dispõe de um “enorme potencial”, com vastas extensões de terras férteis, água em abundância e condições “excelentes de exportação dos seus excedentes” de produção agrícola, o que torna Angola num “destino atractivo e interessante” para o investimento estrangeiro na produção alimentar.

“É na base da combinação do esforço nacional com o investimento privado estrangeiro que olhamos para o futuro com optimismo e crença de que realizaremos o objectivo da erradicação da pobreza, estabelecido na Agenda 2030 das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) e na Agenda 2063 da União Africana”, afirmou João Lourenço.

Observou que, a par de outros desafios ligados à agricultura, Angola enfrenta os efeitos das mudanças climáticas, que “agravam, em muitas circunstâncias, a pobreza de comunidades inteiras”, por afectarem negativamente as condições para a realização da actividade agrícola, provocadas por secas severas, inundações e outros fenómenos naturais.

“Para fazermos face a estes problemas, que no caso de Angola se expressa por uma seca severa no Sul do País, o Governo angolano gizou um programa cuja primeira fase está a implementar com sucesso e que consiste na transferência de água para as zonas mais afectadas, a partir do rio Cunene”, informou o Chefe de Estado, referindo à construção do canal do Cafu.

Disse que estas acções permitiram que populações geralmente nómadas, que se dedicavam essencialmente à pastorícia, se fixassem nestas zonas, passando a ter pasto e água para os seus animais e a possibilidade de produzirem bens agrícolas para o seu consumo.

Perante um quadro de “enormes carências” provocadas por estes fenómenos naturais, João Lourenço informou que o seu Executivo tem agido com “muita prontidão” no sentido de mitigar as dificuldades que as populações enfrentam, por via, por exemplo, do programa Kwenda, “que tem, na sua essência, alguma semelhança com o programa ‘Bolsa Família’ do Brasil”.