Depois da visita realizada a Luanda, o Presidente da República, João Lourenço, e o homólogo dos Estados Unidos da América, Joe Biden, seguiram, esta quarta-feira, 4 de Dezembro, para Benguela, onde cumpriram mais um dia da histórica agenda de trabalho.
A Cúpula do Corredor Transafricano do Lobito, que juntou as mais altas entidades da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC), foi, de resto, o principal destaque da deslocação dos dois estadistas. Aliás, Biden conheceu a Fábrica de Processamento de Alimentos do Grupo Carrinho e o Terminal do Porto do Lobito.
No Porto do Lobito, o Chefe de Estado norte-americano assistiu à chegada de um comboio operado pela Lobito Atlantic Railway (LAR) - composto pela Trafigura, líder de mercado na indústria global de commodities, Mota-Engil, uma empresa internacional de construção e gestão de infraestruturas, e Vecturis SA, um operador ferroviário independente -, transportando cobre proveniente da República Democrática do Congo (RDC).
“O cobre será depois carregado para um navio com destino a New Orleans, nos Estados Unidos da América, destacando, mais uma vez, o papel estratégico do Corredor do Lobito na ligação entre a África Austral e os mercados internacionais”, refere uma nota consultada pela Economia & Mercado.
A visita do Presidente Biden a Angola destaca a relevância do Corredor do Lobito como um modelo de excelência logística e de desenvolvimento económico sustentável, permitindo evidenciar o compromisso da LAR com a transformação desta infra-estrutura num pilar indispensável para o comércio global e para a transição energética ao garantir o fornecimento eficiente de minerais estratégicos.
“Esta concessão tem demonstrado eficiência, sustentabilidade e impacto positivo na exportação de minerais críticos, promovendo o desenvolvimento económico regional e a integração de Angola, da RDC e da Zâmbia no comércio global”, explicou Nicolas Gregoir, Director de Operações da LAR, que apesentou ao Presidente Biden e restantes convidados os progressos da concessão atribuída à empresa, que inclui a gestão integrada da linha férrea do Corredor do Lobito e do Terminal de Minerais do Porto do Lobito.
Desde Janeiro de 2024 que a LAR opera, gere e mantém a linha ferroviária que se estende por 1.300 km em Angola, entre o Porto do Lobito e o Luau, no Leste, e que faz a ligação com a rede ferroviária gerida pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC) na República Democrática do Congo até Kolwezi, o coração do Cinturão do Cobre.