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Benfica, um distrito em ascensão

Cláudio Gomes
18/8/2020
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Foto:
Carlos Aguiar

Com 21,48 km2, banhado pela orla marítima de Luanda, o Distrito Urbano do Benfica, aos poucos, caminha para o seu desenvolvimento social e económico.

Porém, ainda terá de ultrapassar as assimetrias prementes que afectam parte dos 111.000 habitantes repartidos em seis bairros.

Tutelado política e administrativamente pelo município de Talatona, na província de Luanda, a circunscrição beneficia de três importantes eixos rodoviários, que impulsionam o seu crescimento económico e social.

Tratam-se da Estrada Nacional nº 100 (EN-100), que liga a região sul do país ao norte, a Avenida Fidel Castro, que liga a região norte do país e os municípios de Viana e Belas e da rua de acesso ao Patriota (leste), que o liga à cidade de Talatona, principal centro económico e comercial do município. Com estes importantes eixos rodoviários emergem, entre outras, infra-estruturas comerciais, unidades hoteleiras, de restauração, habitações de alto padrão, grande parte ao longo da costa.

Os moradores e operadores económicos locais reconhecem tais avanços, mas chamam a atenção para preocupações que ainda persistem, como uma melhor distribuição da água potável e da corrente eléctrica, mais escolas e unidades públicas de saúde, recolha de lixo, segurança e iluminação pública.

Zona urbana do bairro Partido, distrito do Benfica

Na chamada praia da Nicha, por exemplo, adstrita ao bairro Partido, uma das zonas ribeirinha do distrito urbano do Benfica, as queixas têm que ver, sobretudo, com a segurança pública e com a inexistência de escolas e unidades públicas de saúde nas proximidades. Mas ao nível do abastecimento de água potável, corrente eléctrica e do saneamento básico, os moradores dizem-se bem servidos.

De acordo com Maria Joaquim, nome fictício de uma morada da praia da Nicha, que reside na zona há mais de 12 anos, o bairro sofre com a frequente onda de assaltos à mão armada, que acontecem na calada da noite e também ao raiar do sol.

“É importante que as autoridades olhem mais para a segurança pública. Temos sofrido muitos assaltos”, sublinhou, recordando, visivelmente aborrecida, que recentemente levaram-lhe o aparelho de ar condicionado que estava instalado na parte de trás da casa onde reside.

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