O CEO da companhia aérea AirJet, António Bete, esclarece, antes de mais, que a aviação comercial é uma actividade de capital intensivo e a falta de clientes pode resultar em falência das companhias aéreas. Em 2020, nenhuma companhia angolana foi à falência, mas estiveram muito perto disso, devido às restrições impostas pela Covid-19.
O gestor afirma ainda que 2020 foi um ano para esquecer. Entretanto, em 2021, não foi possível recuperar dos prejuízos, e a esperança agora é que em 2022 não volte a haver confinamentos que obriguem as companhias aéreas a estar em shutdown outra vez, como foi em 2020.
“Em 2020, tivemos uma redução de realização de capital em torno de 70 a 75%. Estamos a dizer que só conseguimos produzir em torno de 25 a 30%. As poucas reservas que a empresa tinha foram utilizadas. Esta situação afectou também a continuidade de algumas aeronaves. Temos muitos aviões hangarados, porque o dinheiro que estava preparado para as manutenções tivemos de utilizar para a continuidade da empresa. Estamos com três aeronaves a voar e 12 hangaradas, à espera de capital para a manutenção. Das três que estão a voar, uma tem capacidade para 30 lugares, igual número para 18 e a outra para oito”, contabiliza António Bete.
De igual modo, a companhia FlyAO viu mesmo o seu voo suspenso por falta de manutenção. A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) reuniu-se com a Fly Angola no dia 15 de Dezembro de 2021, para mostrar os dois ofícios que contêm os avisos para a manutenção da aeronave de transporte de passageiros domésticos. O director de Comunicação e Marketing da Fly Angola, Elvis Manzambe, explica que a companhia aérea tinha decidido por iniciativa própria suspender temporariamente os voos, face às dificuldades de importação da peça para a manutenção do trem de aterragem de frente.
Segundo Elvis Mazambe, a ANAC aproveitou-se deste comunicado, dirigido aos clientes da companhia aérea, para produzir outro, informando que tinha suspendido a Fly Angola por falta de manutenção geral da aeronave.
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Airlines fear a repeat of 2020 scenario
Airlines consider 2020 a year to forget. The successive lockdowns disrupted business strategies and balance sheets.
The CEO of the airline AirJet, António Bete, clarifies, first of all, that commercial aviation is a capital-intensive activity and the lack of customers can result in bankruptcy. In 2020, no Angolan airline went bankrupt, but they were very close to it due to the restrictions imposed by the Covid-19 pandemic.
The manager also states that 2020 was a year to forget. In 2021, it was not possible to recover from the losses and the hope now is that in 2022 there will not be lockdowns forcing the airlines to shut down at the same level as 2020.
“In 2020, we had a turnover loss around 70 to 75 percent, meaning, we were only able to produce around 25 to 30 percent. The few reserves that the company had were used up. This situation has also affected the continuity of some aircraft. We have many aircraft grounded because the money that was budgeted for maintenance had to be used for the continuity of the company. We have three aircraft flying and 12 grounded, waiting for capital for maintenance. Of the three that are flying, one has 30-seat capacity, another is an 18-seater and the last seats 8”, says António Bete.
Similarly, the company FlyAO suspended flights due to lack of maintenance. The National Civil Aviation Authority (ANAC) met with Fly Angola on December 15, 2021, to discuss the two letters containing the notices for the maintenance of their domestic passenger transport aircraft. Fly Angola’s communication and marketing director, Elvis Manzambe, explains that the airline had decided, on its own initiative, to temporarily suspend flights due to difficulties in importing the parts for the maintenance of the forward landing gear.
According to Elvis Manzambe, ANAC took advantage of this communiqué, addressed to the airline’s customers, to produce another informing that it had suspended Fly Angola due to lack of general aircraft maintenance.
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