A distribuição moderna em Angola tem vários anos de vantagem sobre a produção nacional. A incapacidade de resposta, quer em termos quantitativos, quer em termos qualitativos, transforma o incremento da produção nacional num dos principais desafios do sector, que está na “luta contínua” para minimizar a dependência das importações.
A Associação de Empresas de Comércio e Distribuição Moderna de Angola (ECODIMA), que tem actualmente 72 associados regularmente inscritos, não fala sobre o peso dos produtos nacionais nas prateleiras dos seus associados. Mas, informações a que a E&M teve acesso, dão conta que, na rede de super e hipermercados nacionais, o peso da produção nacional varia entre 20% e 30% do total de produtos, com destaque para as carnes, bebidas, bem como frutas e legumes, sendo que o “Feito em Angola” chega a quase 100% na peixaria.
A ECODIMA entende que a importação ainda representa um peso enorme na economia nacional por causa da inexistência de uma verdadeira produção nacional.
Segundo a estrutura associativa, a agricultura local ainda é essencialmente manual, sem a utilização de recursos tecnológicos de rega, colheita, combate às pragas, o que a torna pouco produtiva. A fonte destaca o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), “que veio ajudar”, mas afirma que não vai sentir “os verdadeiros efeitos deste programa enquanto os factores de produção e a matéria-prima dependerem de importação”.
Em resposta a um questionário da E&M, ECODIMA afirma que, “mesmo a enfrentar um período adverso, o sector se mostrou cumpridor das suas responsabilidades, quer com o pessoal, quer com a banca”. Um bom exemplo disso é que, em Novembro de 2020, os créditos ao sector do Comércio representaram 27% do total da carteira de crédito concedido à economia.
Leia o artigo completo na edição de Outubro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).
Distribution. National production accounts for less than 30% of goods on the shelves
PRODESI is a stimulant, but the high cost of production, especially of raw materials, slows the increase of national products on supermarket shelves.
Modern distribution in Angola has a several-year headstart over national production. Its inability to respond, both in quantity and quality, to the demand makes increasing national production one of the main challenges of the sector, which “continuously struggles” to minimize dependence on imports.
The Association of Modern Distribution and Trading Companies of Angola (ECODIMA), currently with 72 effective member companies, does not talk about the weight of national products on the shelves of its members. But, information to which E&M had access, shows that in the network of national super and hypermarkets, the weight of domestic production varies between 20% and 30% of total products, especially meat, beverages, fruits and vegetables, with “Produced in Angola” reaching nearly 100% in the fish market.
In ECODIMA’s understanding, imports still have a huge weight in the national economy because of the inexistence of a true national production. According to the association, local agriculture is essentially based on manual labor with limited use of irrigation, harvesting and pest control technologies, which maked the production small-scale. The source highlights the Program to Support Production, Diversify Exports and Substitute Imports (PRODESI), “which came to help”, but states that they will not feel “the true effects of this program as long as the inputs and raw materials depend on imports”.
In response to a questionnaire from E&M, ECODIMA states that “even while facing an adverse period, the sector has remained compliant with its commitments towards their personnel and the banks”. A good example of this, is that in November 2020, loans to Trade accounted for 27% of the total credit portfolio granted to the economy.
Read the full article in the October issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).