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Empate inesperado em jogo agitado, três horas bloqueados no estádio e uma incerteza chamada Benson

Victória Maviluka
24/3/2025
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Foto:
DR

Palancas quase sem margem para desperdiçar pontos, sob pena de hipotecar sonho do Mundial. Contra Cabo Verde, Benson está em dúvida, mas a consolação pode ser… Mabululu.

Quando desembarcam, na madrugada desta sexta-feira, 21, em Luanda, os Palancas Negras trouxeram na bagagem um sentimento misto: a euforia de um empate arrancado em período já de algum desespero e a revolta pelas peripécias vividas na Líbia, no duelo da 5.ª jornada de corrida africana ao Mundial das Américas, em 2026. 

As queixas de anti-jogo no futebol africano, assentes em estratégias para desgastar psicologicamente o adversário antes, durante e depois dos embates, em bom rigor, não são novas no ‘livro de reclamações’ à disposição da Confederação Africana de Futebol. 

É, assim, expectável que o registo de queixas da CAF tenha uma longa lista de subscritores e intermináveis páginas de reclamações, cujo tratamento por parte do ‘poder’ no futebol africano tem levantado dúvidas, mas é uma certeza que os principais visados dos queixosos são as selecções e clubes do Norte do continente.

Fiel às artimanhas ‘seculares’ que impõe aos seus adversários, a Líbia deu o primeiro sinal de honestidade com a sua estratégia anti-desportiva logo à chegada dos Palancas Negras a Bengazhi, na quarta-feira, 19, remetendo a equipa adversária a longas horas de espera no desembarque e condicionando-a o treino de reconhecimento ao relvado.

Mas o pior para os pupilos de Pedro Gonçalves estava por vir, pois o duelo não era apenas contra as autoridades desportivas líbias e a sua respectiva selecção. O público local juntou-se à estratégia, protagonizando actos que atestam que os castigos recentemente impostos pela CAF de jogos à porta fechada não fizeram qualquer mossa.

O lançamento de objectos ao campo logo após o empate de Angola nos minutos finais da partida da noite desta quinta-feira, 20, por livre desferido pelo capitão Fredy, foi um duro golpe aos líbios, que, tão logo alcançaram o primeiro golo do jogo, se remeteram a autênticas cenas de anti-jogo. 

Por conta dos actos avessos ao futebol, a partida conheceu alguns minutos de interrupção, com os jogadores angolanos a temerem pela segurança. Afinal, o tento inesperado do ‘veterano’ Fredy fez estragos de arrependimentos nas hostes líbias, que, como que ‘tiro a sair pela culatra’, já não tinham ao seu favor o tempo perdido nas lesões forjadas e nas bolas escondidas – estava exposto um público há muito despreparado para o fair-play. 

E, quando o árbitro gambiano Lamin Jammeh apitou para o fim da partida, os Palancas Negras foram obrigados a permanecer “mais de três horas no interior do estádio, por questões de segurança”, como descreve um comunicado da Federação Angolana de Futebol.

A nota, emitida menos de 24 horas depois do polémico jogo no Estádio Mártires de Fevereiro, com o ‘pano de fundo’ na necessidade de tranquilizar o público nacional sobre a integridade física dos jogadores angolanos, assegura que “a Selecção Nacional está bem”.

“Confiante e determinada” é como o documento retrata as expectativas nas hostes do combinado nacional em relação ao próximo duelo, já na terça-feira, 25, em Luanda, diante de Cabo Verde, ainda na corrida ao Mundial que o trio americano Estados Unidos, México e Canadá vai albergar, em 2026.

Mas, à chegada de Bengazhi, os Palancas não trouxeram apenas na bagagem as peripécias extra-desportivas. Há um motivo de apreensão: Manuel Benson deve ser submetido a exames para apurar as consequências da entrada perigosa sofrida no jogo com a Líbia, que o obrigou, aliás, a ser substituído, num jogo em que o médio criativo estava a ser a melhor unidade.

Cientes da sensibilidade das condições físicas do craque do Burnley, da electrizante ‘Premier League, os angolanos esperam, agora, que o atacante Mabululu, ausente, por acumulação de cartões, no duelo em Benghazi, regresse contra os ‘tubarões azuis’, os quais os Palancas Negras pretendem, a todo o custo, vergar no  estádio 11 de Novembro’.

É que, com apenas sete pontos amealhados, razão de ser do modesto 4.º lugar que ocupa no Grupo D, não há outro resultado senão a vitória para manter Angola na rota do sonho de regresso à maior prova de futebol de selecções a nível do mundo, 19 anos após a estreia na Alemanha.

Para já, à frente do combinado que tem Pedro Gonçalves à cabeça estará uma selecção que deve ser um ‘osso duro de roer’, não sendo por acaso que, à saída da 5.ª jornada, comanda a série, com 10 pontos, mais um que o Senegal, mais dois que a Líbia, contra sete de Angola, quatro das Ilhas Maurícias e um de Esuatini.