Angola continua a enfrentar desafios que podem tornar mais difícil o caminho para a industrialização, como a escassez de água e energia eléctrica, ‘excessiva’ dependência na importação de matérias-primas e reduzida presença de grandes empresas industriais, segundo Cláudia Coelho, partner da PWC para sustentabilidade e mudança climática.
Entre os principais desafios apontados, contam-se ainda a reduzida competitividade do sector Industrial e disponibilidade de mão- de-obra qualificada, integração do desenvolvimento industrial em alguns dos sectores primários e terciários, produção limitada de indústrias de minério de ferro, capacidade energética reduzida e falta de acesso à moeda estrangeira para importação de liga de aço.
Durante o primeiro painel da IV Conferência Economia & Mercado sobre Ambiente e Desenvolvimento, que decorreu esta sexta-feira, 25, em Luanda, sob o tema ‘Indústria, crescimento económico e desafios da transição energética’, Cláudia Coelho fala dos desafios contratuais e da questão regulatória, que é também muito relacionada com aquela capacidade de atracção de investimento.
“Portanto, é necessário mostrar estabilidade, mostrar um quadro regulatório que favoreça, de facto, o investimento”, sugere a partner da PWC, sublinhando que esses são apenas alguns dos desafios desta desejada industrialização.
Adiante, a responsável declarou que uma indústria desenvolvida numa base anterior, ou mesmo na actual, é uma indústria já a pensar no futuro.