Entre as razões que determinaram o declínio nos preços no mercado internacional consta a incerteza que envolve a disponibilidade futura de petróleo, de acordo com o site da Petroangola, consultado hoje. “Embora o Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da OPEP+ tenha recomendado a manutenção da estratégia actual de restrição na oferta de crude, que consiste em reduzir cerca de 1,3 MBPD, surgiram preocupações de que o grupo tenha deixado a porta aberta para aumentos na produção no próximo ano”, salienta-se.
Segundo a Petroangola, a perspectiva de um possível aumento na oferta exerceu pressão descendente sobre os preços, uma vez que os investidores começaram a recear a iminência de um excesso de oferta no mercado.
Ademais, lê-se no site, a dinâmica macroeconómica global desempenhou um papel importante nessa queda dos preços, uma vez que os mercados assistiram à consolidação das expectativas de que as taxas de juros nos Estados Unidos permaneceriam em patamares elevados por um período mais prolongado, devido ao relatório Jolts, que apresentou números mais robustos do que o previsto.
“Esse cenário provocou um deslocamento dos investimentos em direção aos activos de renda fixa dos EUA, resultando no fortalecimento do dólar, um factor que, por sua vez, enfraqueceu as commodities, incluindo o petróleo”, realçou.
Para os analista, a notícia sobre queda no número de postos de trabalhos criados na economia americana foi outro factor que contribuiu para a queda dos preços do petróleo na semana passada, fixando-se abaixo do esperado tendo sugerido uma possível desaceleração económica e, consequentemente, uma menor demanda por petróleo. "Além disso havia preocupações em relação à Europa, onde os PMIs apontavam para a possibilidade de uma recessão técnica, e também em relação à China, onde a desaceleração económica é uma preocupação crescente", lê-se.
Por último, os stocks de petróleo bruto dos EUA caíram, embora os stocks de gasolina tivessem aumentado significativamente, superando as expectativas. Isso sugeriu uma demanda mais fraca por gasolina nos EUA, o que contribuiu para a queda nos preços do petróleo.
A conjunção desses factores culminou em uma queda significativa de 5%, equivalente a mais $5/bbl, levando o Brent a ser negociado a $85,81/bbl e o WTI a ser cotado em $84,22/bbl.