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Gestor advoga transformação dos serviços bancários em África por meio da Inteligência Artifical

Andrade Lino
3/12/2024
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Andrade Lino

Vítor Rodrigues é de opinião que a Inteligência Artificial “abre novas oportunidades de emprego, preparando as comunidades africanas para um futuro digital”.

A Inteligência Artificial está a transformar o sector bancário em África, ao trazer novas oportunidades de emprego e melhorar a eficiência nos serviços financeiros, defendeu Vítor Rodrigues, CEO da Innovation Makers, parceiro estratégico para investigação, desenvolvimento e implementação de soluções financeiras inovadoras.

O gestor, que falava por ocasião do mais recente Forbes Annual Summit, decorrido em finais de Novembro último, em Luanda, garantiu que oito bancos africanos já utilizam a IA para a selecção de clientes, concessão de créditos e direcção de políticas adequadas para cada cliente, o que inclui a avaliação para atribuição de créditos e a personalização de ofertas.

Está-se a falar de instituições como o KCB Group, do Quénia; Diamond Bank, da Nigéria; Baobab, do Senegal; Nedbank e Absa Bank, da África do Sul; além do Ecobank, Standard Bank e M-Pesa, que utilizam a IA para melhorar e dinamizar os serviços.

A IA está a ser igualmente utilizada para identificar documentos, abrir contas, realizar depósitos, atender clientes e autenticar transacções, cumprindo com as regras de IAC (Identificação, Autenticação e Controle), bem como já permite “identificar operações fora do normal e emitir alertas de risco para os bancos”.

De acordo com o CEO da Innovation Makers, apesar das preocupações sobre a substituição de postos de trabalho pela IA, as estatísticas mostram que esse campo da ciência pode, na verdade, dobrar o número de empregos disponíveis. “As pessoas precisam é de estar preparadas com formações académicas e profissionais para enfrentar os novos desafios que a IA traz”, afirmou.

Presente em Angola há mais de dez anos, a empresa lançou recentemente um projecto de novas máquinas com IA para reconhecimento de documentos, abertura de contas, atendimento, depósitos e autenticação, havendo, actualmente, 150 dessas máquinas em operação nas províncias de Cabinda, Benguela, Huíla, Malanje e Namibe, informou o entrevistado.

“A Inteligência Artificial vai impactar positiva e negativamente a vida das pessoas, ao trazer desafios e riscos, mas as vantagens superam as desvantagens”, disse Vítor Rodrigues, que enfatizou a importância de ver este avanço tecnológico como um desafio a ser superado, em vez de uma barreira, pois que, para ele, não só melhora a segurança e eficiência nos serviços bancários, mas também “abre novas oportunidades de emprego, preparando as comunidades africanas para um futuro digital”.