Dos sete milhões e quinhentos mil hectares com elevado potencial de irrigação previstos no Planirriga, apenas foram aproveitados 30 mil hectares, onde estão inseridos, entre outros, o Projecto Integrado de Desenvolvimento Agrícola da Quiminha, os perímetros de Caxito (Bengo), Matala (Huíla), Cavaco (Benguela), Mucoso (Kwanza-Norte) e Sumbe (Kwanza-Sul).
No calor da inauguração, em 2012, o Governo garantiu que o projecto Quiminha produziria 22 milhões de ovos e cerca de 45 mil toneladas de produtos agrícolas por ano. Volvidos oito anos, o Pólo de Desenvolvimento Integrado da Quiminha não ultrapassa as 27 mil toneladas de produtos, entre osquais tubérculos, cereais e frutos, segundo a gestão.
Mesmo assim, a GESTERRA, entidade administradora do projecto, refere que a quota de mercado da Quiminha se situa entre os 12% e15%.
Ronaldo Trecente refere que a criação de um plano estratégico define a viabilidade do projecto e as suas possíveis falhas.“Quando falha o projecto, o plano estratégico não foi devidamente levado em consideração. No agro-negócio, não existe pequeno, médio ou grande produtor. Existe sim uma cadeia de produção.
Cada um ocupa o seu mercado ou nicho de mercado. Porém, é necessário dar atenção especial ao pequeno agricultor, que pode começar com a agricultura orgânica, um elemento bastante importante nesta actividade”, considera.
Foi a pensar na ociosidade dos projectos agrícolas edificados com dinheiro público que, em 2018, o Presidente da República, João Lourenço, autorizou a abertura de concurso público para a privatização de 24 empreendimentos agro-industriais.
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