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Luanda com fraca movimentação no habitual dia de festas de fim de ano

Sebastião Garricha
31/12/2024
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Foto:
DR

De acordo com a directora do Gabinete de Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, a província de Luanda tem 53 festas e 32 vigílias licenciadas para a passagem de ano, um número abaixo do habitual.

Com o mesmo roteiro, as festas de final de ano continuam a funcionar como escapatória para largas centenas de cidadãos que preferem fazer a transição do ano fora das habituais paredes de casa.

Rodovias congestionadas, flyers publicitários espalhados pela cidade, lojas ‘abarrotadas’ e movimentações de pessoas sedentas por presentes têm sido, nos últimos anos, as principais evidências deste ambiente ‘natalício’ que muitas vezes rompe a faixa da desigualdade.

A coreografia começa a ser montada tão logo o mês de Dezembro marca o primeiro pé no calendário e, geralmente, dá sinais de efectivação depois das 12 horas do 31º. dia do mês.

Entretanto, parece que neste ano a festa não seguirá a marcha habitual. Vê-se um movimento tímido de pessoas, mas um trânsito completamente fluido, que denuncia, em parte, uma suposta despreocupação das pessoas em relação aos famosos revellions.

A E&M constatou esta ‘inversão’ do habitual durante uma ronda feita esta terça-feira, 31, em vários pontos da cidade capital, onde ouviu diferentes cidadãos, entre jovens e adolescentes. 

“Não vejo razões para sair de casa e celebrar distante da família”, atira Alberto.

De 29 anos, Alberto é daqueles cidadãos que geralmente faz a transição de ano fora de casa. Para o jovem formado em Direito, a decisão deste ano decorre do facto de a situação social e económica do País não ser ‘favorável’. 

Aponta, por exemplo, para o binómio ‘subida dos preços e baixo salário’, que, a seu ver, deixa cada vez mais vulnerável as pessoas.

Rosa, também de 29 anos, aponta para outro factor que determina a decisão de não abandonar a família para celebrar a transição em uma das festas anunciadas.

“Vejo que a insegurança tomou conta de quase todas zonas de Luanda. Não quero correr o risco de perder a vida ou mesmo desaparecer. Prefiro ficar com a família”, explica Rosa Andrade.

Moradora do Bairro Rocha Pinto, Rosa aconselha todos os outros jovens a não decidirem por emoção.

Luanda regista 53 festas e 12 vigílias licenciadas

A província de Luanda tem 53 festas e 32 vigílias licenciadas para a passagem de ano, um número abaixo do habitual, informou Teresa Mbuta, directora do Gabinete de Cultura, Turismo, Juventude e Desportos.

Citado pelo Jornal de Angola, a responsável explicou que estão proibidos eventos sem a devida autorização, conforme o decreto presidencial.

“A desobediência pode resultar na apreensão de equipamentos e no pagamento de multa em torno de um milhão de kwanzas, consoante os danos causados”, alertou.

MININT avalia estratégias para asseguramento da passagem de ano

O ministro do Interior, Manuel Homem, orientou, na segunda-feira, 30 de Dezembro, em Luanda, a reunião do conselho superior da Polícia Nacional para a garantia da tranquilidade e o bem-estar dos cidadãos durante a passagem de Ano Novo

De acordo com o Ministério do Interior, no Facebook, o encontro serviu para a avaliação das estratégias em curso, o reforço das medidas de segurança e a coordenação das forças.

A reunião, que teve lugar nas instalações da Unidade de Reacção e Patrulhamento, em Luanda, como escreve o Jornal de Angola, contou com a presença de altos responsáveis do ministério.