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Mercado informal lidera taxa de ‘emprego’ com 80,5%

Mariano Quissola
11/4/2023
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Foto:
Carlos Aguiar

A taxa de desemprego em Angola está estimada em 31%. Trabalhadores por conta própria representam 50,3%, com maior incidência na área rural, na ordem de 79,7%.

A principal efeméride do próximo mês de Maio é o seu dia primeiro. Celebra-se, há 137 anos, em todo o mundo, a corajosa luta pela dignidade dos trabalhadores, desencadeada na cidade norte-americana de Chicago.

A manifestação, ripostada por violentas agressões da polícia local, resultou, entre outros benefícios aos trabalhadores, na redução da carga horária laboral de 17 para as actuais oito horas.

Em Angola, o mercado do trabalho é caracterizado pela elevada taxa de emprego informal e, na sua maioria, precário. Dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), referentes ao IV trimestre de 2022, apontam para uma taxa de 80,5%, sendo que trabalhadores por conta própria representam 50,3%.

De modo global, a taxa de desemprego ficou estimada, nesse período, em 31%, o que representa um aumento de novos desempregados na ordem de 0,2%, comparativamente ao terceiro trimestre do mesmo ano.

Se comparado com igual período do ano anterior, “a população desempregada diminuiu 8,0%, em relação ao período homólogo”, segundo dados do Inquérito de Emprego em Angola (IEA), sobre a caracterização da população face ao mercado de trabalho, com destaque para o mercado informal.

Em termos reais, o país tem um “exército” de desempregados estimado em mais de cinco milhões de pessoas em idade activa, que vai dos 15 aos 65 anos, idade legalmente definida para reforma em Angola.

No quarto trimestre de 2022, no universo da população em idade activa (pessoas com 15 ou mais anos de idade), 11.682.309 pessoas declararam que trabalharam no período de referência, por conta de outrem, conta própria ou num negócio familiar, durante pelo menos uma hora.

Enquanto isso, um total de 4.921.440 pessoas não tinha trabalho remunerado nem qualquer outro e estavam disponíveis para trabalhar no período de referência ou nos 15 dias seguintes.

Antes da crise pandémica, o país já atravessava uma crise no mercado de trabalho preocupante. A Covid-19 destruiu os poucos empregos existentes, na altura, empurrando para a informalidade um ‘exército’ de novos desempregados.

Leia o artigo completo na edição de Abril, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Informal market leads employment rate with 80.5%

The unemployment rate in Angola is estimated to be 31%. Self-employed workers represent 50.3%, with a higher incidence in rural areas, at 79.7%.

The most important date of next May is its first day. The courageous fight for the dignity of workers unleashed in the American city of Chicago, celebrated worldwide for 137 years, resulted in, among other benefits to workers, the reduction of the working hours from 17 to the current eight-hour workday.

In Angola, the labor market is characterized by a high rate of informal and mostly precarious employment. Data from the National Institute of Statistics (INE), referring to the fourth quarter of 2022, points to a rate of 80.5%, with self-employed workers representing 50.3%.

In global terms, the unemployment rate was estimated, during that period, at 31%, representing an increase in new unemployed people of 0.2%, compared to the third quarter of the same year.

Compared to the same period of the previous year, "the unemployed population decreased by 8.0% compared to the same period," according to data from the Survey on Employment in Angola (IEA), on the characterization of the population in relation to the job market, with emphasis on the informal market

In real terms, the country has an "army" of unemployed people estimated at more than five million people of working age, ranging from 15 to 65 years old, the legally defined age for retirement in Angola.

In the fourth quarter of 2022, in the universe of the population of working age (people aged 15 or older), 11,682,309 people declared that they worked during the reference period for at least one hour, either as employees, self-employed, or in a family business.

Meanwhile, a total of 4,921,440 people had no paid work or any other income and were available to work during the reference period or in the following 15 days.

Before the pandemic crisis, the country was already going through a worrying labor market crisis. Covid-19 destroyed the few existing jobs at the time, pushing an "army" of new unemployed people into informality.

Read the full article in the April issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).