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O que esperar da abertura do capital da BODIVA? Elevação dos “padrões de transparência” - IGAPE

Victória Maviluka
19/11/2024
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PCA do IGAPE considera alienação de 30% do capital social da BODIVA passo importante na construção de um mercado de capitais “próspero, sustentável, transparente e resiliente”.

O Executivo angolano espera que, com a cedência a privados de 30% das acções da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), a instituição financeira possa ver reforçado o seu mecanismo de transparência e controlo das contas.

“Com a abertura do seu capital social, a BODIVA estará sujeita, ainda mais, a elevados padrões de transparência, auditoria, regulamentação, características que fortalecem a confiança dos investidores, tanto nacionais, como internacionais; promovem uma gestão mais eficiente, alinhada com as melhores práticas internacionais”, disse a Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

Na cerimónia de lançamento da venda de 30% das acções da BODIVA, decorrida nesta segunda-feira, 18, em Luanda, Vera Escórcio considerou o acto “um passo firme e significativo” rumo à consolidação do mercado financeiro nacional e à construção de um mercado de capitais “próspero, sustentável, transparente e resiliente”.

A PCA do IGAPE disse que o Programa de Privatizações (PROPRIV), iniciado em 2019, por via do Decreto Presidencial 250/2019, e publicado para o período 2023-2026, por via do DP n.º 78/23, vem reforçar a contribuição para uma “melhor redistribuição do rendimento nacional”, possibilitando uma “ampla participação” da titularidade do capital social das empresas através de uma “adequada dispersão” de capital.

“É, sim, uma etapa essencial na consolidação de uma estratégia que visa melhorar a eficiência do sector empresarial público através do incentivo à participação mais activa do sector privado em sectores estratégicos e concorrenciais, tornando as empresas mais competitivas de acordo com as melhores práticas do mercado”, realçou Vera Escórcio.

Recorde-se que o Executivo procedeu, esta semana, tal como a revista Economia & Mercado noticiou, à abertura do processo de alienação de 30% das acções do Estado na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA). 

As ordens de compra começaram a ser oficialmente apresentadas nesta terça-feira, 19, e, a 06 de Dezembro, no desfecho das ofertas, o Executivo angolano prevê embolsar cerca de 1,7 mil milhões de Kwanzas com as 180 mil acções colocadas à disposição do público.

Com direito a 2% do capital social, correspondentes a 12 mil acções, os trabalhadores da empresa não gozarão de critérios especiais no acesso à parcela a si reservada, ou seja, a aquisição será feita nos mesmos moldes dos valores negociados publicamente, explicou, à E&M, Walter Pacheco, PCA da BODIVA.