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Olhar para outras fontes de renda é necessário

Ladislau Francisco e José Zangui
23/9/2021
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Foto:
ARQUIVO E ISTOCKPHOTO

A contribuição de 11 394,4 milhões de dólares do sector petrolífero em 2020, quase metade dos 20 598,5 milhões de dólares de 2019, reforça a necessidade de o país investir noutras fontes de receitas.

A Balança de Pagamentos publicada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), referente ao terceiro trimestre de 2020, mostra que 80,7% das exportações angolanas são de petróleo bruto, o que faz do sector o maior contribuinte para os cofres nacionais. Entretanto, em um ano, as receitas caíram quase 50%, o que resultou da contracção das exportações que se registou naquele período.

Para o economista Fernando Heitor, esta é mais uma razão para os governantes fazerem tudo para se libertar desta grande dependência do crude. “Existem outras commodity no planeta, nas quais Angola devia concentrar-se mais em termos de produção e exportação e, com certeza, teria uma economia mais sustentável e robusta”, defendeu.

Filomeno Vieira Lopes, também economista, diz que a situação é fotografia de um país que vive dependente de um produto, o que se traduz numa fragilidade de segurança geral, dado que o petróleo é uma mercadoria sujeita a uma tremenda volatilidade de preços. Na sua perspectiva, Angola teve uma política real de mero “impor-export”, o que nada tem a ver com um projecto de desenvolvimento económico, já que exporta um produto, mas importa todos os outros.

Dados do Ministério das Finanças mostram que em 2016 foram exportados 53.906.745,00 barris, muito acima dos 35.042.001,00 barris de 2020. Até Junho de 2021, foram exportados 33.401.079,00 barris, o que é visto por muitos especialistas como o prelúdio de uma recuperação, embora o movimento mundial mostre uma tendência de diminuição das exportações desta commodity.

Leia o artigo completo na edição de Outubro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

It is necessary to at other sources of income

The oil sector’s USD 11,394.4 million contribution to the GDP in 2020, almost half of 2019’s USD 20,598.5 million, drives home the pressing need for Angola to invest in other sources of revenue.

The Balance of Payments published by the Central Bank of Angola (BNA) for 3Q20 shows that 80.7% of Angolan exports were crude oil, making the sector the largest contributor to the national coffers. However, in one year, revenues fell nearly 50%, a result of the contraction of exports that took place in that period.

For economist Fernando Heitor, this is one more reason for state officials to do everything in their power to free themselves from this great dependency on crude. “There are other commodities on the planet in which Angola should focus more, both in terms of production and exports, that would surely create a more sustainable and robust economy,” he defended.

Filomeno Vieira Lopes, also an economist, says that the situation is a radiography of a country that depends on one product, which translates into a general sense of fragility, given that oil is a commodity subject to tremendous price volatility. In his opinion, Angola had a real policy of mere “import-export”, which has nothing to do with a project for economic development, since it exports one product but imports all the rest.

Data from Ministry of Finance show that, in 2016, 53,906,745 barrels of crude were exported, far above the 35,042,001 barrels of 2020. By June 2021, 33,401,079 barrels were exported, which is seen by many experts as the prelude to a recovery, although the global movement shows a downward trend in exports of this commodity.

Read the full article in the October issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).