O Comité de Política Monetária (CPM) do BNA mantém inalterada a Taxa Básica de Juro em 19,5%, devido à desvalorização do Kwanza. Esta decisão confirma as projecções que fizemos ontem, embora ter-se registado queda da inflação de 18,16% para 16,68 em Novembro.
O anúncio foi feito pelo governador José de Lima Massano, na conferência de imprensa que terminou em instantes, a seguir à reunião do CPM. O gestor reconhece que a medida obedeceu à estratégia de contínua observação do comportamento do mercado.
“O Comité de Política Monetária reuniu no dia 25 de Novembro de 2022 e decidiu manter inalteradas a Taxa Básica de Juro (BNA) em 19,5% a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 21%;
a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 15%”, lê-se no documento aprestando pelo governador.
No comunicado final lê-se que “a decisão de manutenção do curso da política monetária, pese embora a trajectória de desinflação da economia, fundamenta-se pelo comportamento observado no mercado cambial no mês de Outubro em que se assistiu a depreciação da moeda nacional em relação ao dólar norte-americano em 10,6%, resultante da redução da receita de exportação petrolífera em 16,5% no terceiro trimestre”.
O BNA informa que a inflação continua numa trajectória descendente, ao atingir 16,7% no mês de Outubro, abaixo da taxa de 18,2% do mês anterior e de 26,9% do período homólogo, acrescentando que o recuo da inflação foi influenciado pelo curso de política monetária e pela estabilidade da oferta de bens essenciais de amplo consumo.
O CPM que considera “animadores” os fundamentos macroeconómicos nacional, refere que as Reservas Internacionais situaram-se em 13,41 mil milhões de dólares norte-americanos, no final do mês de Outubro, o que se traduz numa cobertura de cerca de sete meses de importações de bens e serviços.
O documento conclui que no domínio monetário, a trajectória da Base Monetária em moeda nacional continua consistente com o objectivo de política monetária, tendo registado uma variação de 0,83% no mês de Outubro. Em termos acumulados, observou-se uma contracção de 4,72%.”