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Quais são os líderes africanos em energia fotovoltaica? Angola impõe-se no ‘top 5’

Victória Maviluka
28/1/2025
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Foto:
DR

Contribuição da energia solar no sistema eléctrico angolano é de 3,2%, contra 0,43% de Moçambique. Mas números de Angola são residuais se comparados com os dos líderes do ‘ranking’.

Angola figura entre os cinco países africanos que registaram maior capacidade de instalações solares fotovoltaicas no seu território durante o ano de 2024, revela um estudo a que a revista Economia & Mercado teve acesso. 

Com o título ‘The Africa Solar Outlook 2025’, a pesquisa coloca Angola com uma capacidade de produção energética de fonte solar de 53,8 MWp, muito distante, entretanto, dos 1.235,3 da África do Sul, e dos 707,61% do Egipto, líderes do ‘ranking’.

Zâmbia, em 3.º lugar, com uma capacidade de 74,78 MWp, e Nigéria, na 4.ª posição (63,47 MWp), integram, igualmente, o grupo dos cinco Estados africanos que, na óptica do relatório, estão a fazer importantes progressos na transição para uma energia mais limpa e sustentável. 

Em relação a Angola, o estudo da Associação Africana da Indústria Solar observa que o País volta ao ‘top 5’ ao terminar o lançamento de dois projectos energéticos solares, com capacidade cada de 27 MWp, desenvolvidos pela MCA e Sun Africa.

Os autores do documento realçam que a contribuição da energia solar no sistema eléctrico angolano é de 3,2%, sendo que, dos 38,4 milhões de habitantes, apenas 48,2% goza de serviço de electrificação.

Já a África do Sul tem o sector solar a contribuir com 6,5% no seu sistema eléctrico, e uma taxa de electrificação que cobre 94,3% dos 64,3 milhões de habitantes – só as Ilhas Maurícias e Marrocos têm 100% de cobertura.

Quanto, ainda, à electrificação, no ‘The Africa Solar Outlook 2025’, Moçambique, com uma população nos 35,1 milhões, aparece com uma taxa de 44%, longe, à semelhança de Angola, dos 78,5% da electrificação de São Tomé e Príncipe, apesar da reduzida população daquele país – apenas 237,8 mil habitantes.

Progressos aquém da ‘pedalada’ mundial

Em termos globais, o estudo sublinha que o continente africano está a fazer progressos na transição para uma energia mais limpa e sustentável, não obstante ser ainda significativa a lacuna que enfrenta em relação ao resto do mundo.

A adopção acelerada desta fonte de energia renovável e sustentável indica, salienta o relatório, que muitos países africanos estão a procurar diversificar o seu cabaz energético e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

Para a Associação Africana da Indústria Solar, trata-se de uma tendência que não só ajuda a mitigar os impactos ambientais, mas, também, melhora o acesso à electricidade em regiões mal servidas, nota a pesquisa.