A nível nacional, a província de Benguela, com 74%, é a principal produtora de sal e terá, brevemente, uma nova fábrica (de sal refinado), um investimento privado cuja autoria ainda se desconhece. A informação foi prestada, recentemente, pelo Presidente da República. Segundo João Lourenço, “mesmo com todo o cenário de crise gerado pela pandemia da Covid-19, a estratégia do Executivo no quadro da substituição de importações tem permitido a instalação de várias unidades produtivas no país, direccionadas na grande maioria para a produção de bens alimentares”.
Já o presidente da Associação dos Produtores e Transportadores de Sal de Angola (APROSAL), Totas Garrido, informou que, actualmente, o mercado nacional tem capacidade estimada de 80% de produção e colecta do produto, processo suportado, basicamente, pelos operadores inscritos na associação.
Segundo dados da APROSAL, por esta altura, o país tem mais de 20 salinas em funcionamento, distribuídas pelas províncias de Benguela (sete unidades), Namibe (6) e outras operacionais em Luanda, Zaire, Bengo, Kwanza-Sul e Cabinda.
Enquanto Luanda vai abrandando a sua actividade, a província de Benguela cimenta a sua posição de líder do mercado, com uma produção estimada em 123,2 mil toneladas de sal marinho, aproveitando a costa favorável, quer a nível climatérico, quer em extensões de terra.
Por outro lado, as empresas filiadas à APROSAL vão fornecer, até ao final de 2021, cerca de 900 toneladas do produto à indústria petrolífera nacional, menos 55% que nas primeiras entregas, realizadas nos primeiros meses do ano, anunciou, em Luanda, o vice-presidente da agremiação, Omar Rodrigues, que falava à imprensa à margem de um fórum sobre os "Desafios e Oportunidades da Indústria do Sal em Angola”, no qual participaram académicos, empresários e agentes do sector.
O responsável referiu que o fornecimento dessa quantidade de sal ocorre depois de o sector petrolífero ter absorvido cerca de duas mil toneladas de sal da APROSAL, no início deste ano. O primeiro fornecimento foi disponibilizado pelas regiões do Namibe, Benguela e Kwanza-Sul, fruto de uma solicitação das empresas petrolíferas, marcando o que disse ser "um novo ciclo” de dinamização do sector salineiro no país.
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The “Queen of Salt” accounts for 74% of national production
Angola produced 182.6 thousand tons of salt between July 2020 and July 2021, equivalent to 13.5% increase of production.
Benguela province is Angola’s main salt producer, accounting for 74% of the national production, and will soon gain a new refined salt factory through a private investment whose authorship is still unknown. The information was recently forwarded by the President of the Republic. According to João Lourenço, “even with the crisis scenario generated by the COVID-19 pandemic, Executive’s strategy towards substituting imports has facilitated the setting up of several production units in the country, mostly focused on food production”.
The president of the Association of Salt Producers and Transporters of Angola (APROSAL), Totas Garrido, informed that, currently, the national market has an estimated 80% capacity to produce and collect the product, a process supported, basically, by the operators registered in the association.
According to APROSAL data, by now, the country has over 20 salt works in operation, spread over the provinces of Benguela (7 units), Namibe (6) and others operating in Luanda, Zaire, Bengo, Kwanza Sul and Cabinda.
While Luanda is slowing down its activity, the province of Benguela is consolidating its position as market leader, with an estimated production of 123.2 thousand tons of sea salt, taking advantage of the favorable coast, both in terms of climate and land extensions.
On the other hand, the companies affiliated to APROSAL will supply around 900 tons of salt to the national oil industry by end-2021, 55% less than initially delivered in the first months of the year, announced, in Luanda, the vice-president of the association, Omar Rodrigues, speaking to the press on the sidelines of a forum on the “Challenges and opportunities of the salt industry in Angola”, attended by academics, businessmen and agents of the sector.
The official said that the supply of this amount of salt comes after the oil sector absorbed about 2000 tons of salt from APROSAL, earlier this year. The first supply was provided by the regions of Namibe, Benguela and Kwanza Sul, as a result of a request from the oil companies, marking what he said was “a new cycle” in the stimulation of the salt sector in the country.
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