A Angola Cables, multinacional angolana de telecomunicações, registou um crescimento no tráfego na rede IP de 104% no I trimestre de 2020. Em comparação com o mesmo período no ano passado, este percentual representa um aumento de 170%.
Segundo uma nota enviada à E&M, o crescimento registado deve-se ao aumento do consumo de dados e o recurso generalizado das empresas e famílias na utilização de plataformas digitais no contexto da pandemia da Covid-19.
“É também consequência de um contexto global marcado por uma elevada disponibilidade dos agentes económicos em recorrer a soluções de conectividade, tendo em conta a necessidades de continuidade de negócios, entretenimento e comunicação via digital. Fenómenos como teletrabalho, plataformas de colaboração e acesso aos principais conteúdos internacionais de vídeo e gaming estão na ordem do dia”, argumenta a empresa.
De igual modo, explica a nota, os resultados alcançados foram possíveis devido “à grande robustez da rede criada, através de rede própria e rede complementar adquirida para o efeito. Outro dos factores estratégicos da sustentabilidade da rede são os seus pontos de sourcing, nomeadamente com a abertura e upgrade de pontos de presença nas principais localizações de troca de tráfego globais”.
A Angola Cables registou neste período em particular novas activações, expansão de serviços e mais solicitações de burst e IP_Flex por parte dos clientes (modalidades que dão autonomia e flexibilidade ao cliente num cenário de imprevisibilidade de crescimento do tráfego).
O aumento acentuado de tráfego gerado na Rede IP da Angola Cables está fundamentalmente centrado na região do Atlântico, sendo que as geografias de maior relevo estão integradas na rota intercontinental: E.U.A – Brasil – África (costa oeste) e Europa, suportadas pelos sistemas de cabos submarinos da Angola Cables.
Citado na nota, CEO da Angola Cables, António Nunes, explicou que os resultados alcançados demonstram que a empresa “se adaptou de forma positiva às novas exigências de consumo de dados a nível internacional que cresceu com a pandemia Covid-19, refletido num ecossistema de elevada flexibilidade, eficiência e disponibilidade”.